Dólar: pelo 2º mês seguido, há mais retirada do que ingresso da moeda no Brasil

A retirada de dólares do Brasil foi maior do que a entrada da moeda norte-americana. A diferença entre a saída e o ingresso do dólar no País ficou em US$ 1,625 bilhão negativo no mês de abril. Os valores foram divulgados pelo Banco Central nesta quarta-feira (8).

Em março, a diferença foi maior ainda, chegando a US$ 4,237 bilhões. Já em fevereiro, a movimentação do dólar resultou em um saldo positivo de US$ 8,626.

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O ingresso de dólar na economia brasileira acontece quando há a entrada no País de dinheiro de investidores. Assim, essa quantia pode ser usada para:

  • compras;
  • aplicações financeiras;
  • investimentos em empresas.

Em contrapartida, a saída é calculada quando os investidores retiram dinheiro do Brasil. Ou seja, eles usam o dólar para investir, aplicar, ou importar de outros países.

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Acumulado do dólar no ano

Contudo, se forem considerados todos os meses desde o começo do ano, o saldo para o dólar não é negativo. Isso porque de janeiro para cá, houve mais entrada do que saída da moeda norte-americana no Brasil. A soma de entrada de dólar é, atualmente, de US$ 3,69 bilhões.

O movimento de entrada e saída da moeda do País influencia em sua cotação. Em março, o dólar acumulou uma alta de 0,16% e fechou o período em R$ 3,92. Já nesta quarta, o câmbio apresenta queda e está cotado, até o momento, em torno de R$ 3,93.

Os principais motivos para o recuo da moeda é a expectativa pela reforma da Previdência. Isso porque nesta quarta ocorre uma sessão da Comissão Especial, com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes. Além disso, o mercado também espera a definição da taxa Selic pelo Copom, do Banco Central. As expectativas dos analistas apontam que a taxa de juros deve permanecer em 6,5%.

Contudo, não é apenas o ambiente interno que influencia na cotação da moeda. No cenário internacional, o principal fator determinante sobre o dólar é a disputa comercial entre a China e os Estados Unidos.

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As duas potências têm negociado um acordo comercial. Porém, no último domingo (5), o presidente americano, Donal Trump, anunciou o aumento de tarifas sobre produtos chineses. Por isso, a taxa para importações da China passou de 10% para 25%.

A medida criou receio sobre o andamento das negociações entre os países. Entretanto, os EUA e a China já confirmaram a presença do vice-premiê chinês Liu He em Washington para continuar as negociações. Dessa forma, as conversas que tanto podem influenciar o dólar, devem ocorrer no final desta semana.

Beatriz Oliveira

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