Ibovespa fecha em alta, aos 115,1 mil pontos; Vale (VALE3) salta 8%
Acompanhe as notícias em tempo real Atualizado em: 02/03/2022 21:03GUERRA NA UCRÂNIA FAZ BARRIL DE PETRÓLEO SUPERAR OS US$ 110 | VALE3 sobe 8% | Brasil condena Rússia
O Ibovespa fechou o primeiro pregão de março, na volta de feriado, com alta de 1,80%, aos 115.173,61 pontos. Nesta quarta-feira (2), oscilou entre mínima de 113.143,06, da abertura, e máxima de 115.428,90. O giro financeiro foi de R$ 32,6 bilhões na sessão. No ano, o Ibovespa sobe 9,87%.
Com forte desempenho das ações de commodities, especialmente do complexo minero-siderúrgico – em ajuste a três dias de avanço para a cotação da matéria-prima na China.
“As commodities subiram muito hoje no mundo inteiro, mas há também um otimismo maior nas bolsas de fora. A guerra não deve atingir outros países envolvidos. As sanções foram duras, como no Swift (afastamento de bancos russos da plataforma global interbancária), mas sem impacto mundial, economicamente falando, à exceção das commodities”, diz Rodrigo Franchini, sócio da Monte Bravo Investimentos.
Em relatório, a XP Investimentos manteve preço-alvo do Ibovespa a 123 mil pontos para o fechamento de 2022. “Com a discussão de altas de juros e preços mais altos de commodities, o índice Ibovespa deve continuar a ser favorecido. Os setores financeiro e (de) commodities respondem por 80% dos lucros do Ibovespa em 2022, e, atualmente, têm um peso de 62% dentro do índice. Em 2023, vemos que a contribuição dos lucros das commodities contraem 40%, passando a ser responsável por apenas um terço dos lucros do Ibovespa”, aponta o texto do estrategista-chefe e head de research, Fernando Ferreira, da estrategista Jennie Li e da analista Rebecca Nossig.
Rússia e Ucrânia: como o mercado foi afetado pelo conflito hoje
Nesta tarde, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que a guerra na Ucrânia “muda o jogo”, causando efeitos que “estarão conosco por bom tempo”. “Vamos elevar juro, mas faremos com cuidado para não gerar incertezas”, acrescentou o presidente do Fed, reforçando a percepção do mercado de que um aumento de 0,50 ponto porcentual na taxa de referência em março está agora fora de cogitação, restando a opção de uma elevação de 0,25 ponto.
Entre o fechamento dos mercados no Brasil, na sexta-feira, e a reabertura no início da tarde de hoje, foram quatro dias de desdobramentos violentos no leste europeu, tanto na retórica pela e contra a guerra como na devastação no terreno, em perdas de vidas, propriedade e no deslocamento de refugiados. Desde sexta, a solidariedade e o apoio à resistência ucraniana, na Europa e nos Estados Unidos, assim como no Japão e mesmo em estados tradicionalmente neutros, como a Suíça, no aprofundamento de sanções à Rússia resultou, por outro lado, em bombardeios ainda mais pesados em cidades como Kharkiv, no leste, e Kherson, no sul, com a asfixia financeira sobre a Rússia parecendo acelerar iniciativas por uma solução pela força.
“A situação que se tem hoje é muito complexa e o mercado talvez esteja sendo um pouco negligente. O conflito é sério e pode se tornar ainda mais sério. Há muito otimismo quanto à chance de uma conversa sobre cessar-fogo. Mesmo as sanções anunciadas, especialmente a exclusão de bancos russos do Swift, têm algum grau de dificuldade na implementação – fala-se em até 10 dias para que seja operacionalizada. Há impressão de que Putin já desejaria um cessar-fogo por não aguentar a asfixia financeira. Mas ele não parece ter atingido seus objetivos, ainda”, diz Rodrigo Natali, diretor de estratégia da Inversa. “Tivemos dois dias de ‘mega vol’ (grande volatilidade) lá fora, mas não pegamos aqui por estarmos fechados. Isso afeta os modelos de risco: só pegamos a recuperação”, acrescenta.
O endurecimento da retórica russa, com alerta sobre armas nucleares no fim de semana e referência a risco de terceira guerra mundial, “nuclear e devastadora”, retomada hoje pelo chanceler Sergey Lavrov – além do ataque ao Ocidente como “império de mentiras”, feito há poucos dias pelo presidente Vladimir Putin – sugere que o apetite por risco visto hoje, assim como a recuperação da última sexta-feira, tende a se alternar a dias menos otimistas, como ontem e anteontem, em volatilidade decorrente do grau de incerteza que ainda prevalece no curto prazo.
“A sinalização de que Rússia e Ucrânia podem retomar as conversas (sobre cessar-fogo) animou os mercados desde a manhã e, depois, o presidente do Fed, em testemunho ao Congresso americano, não elevou o grau de preocupação quanto a uma aceleração de juros ou uma redução mais rápida do balanço. O cuidado manifestado por Powell quanto a aumento de juros contribuiu para firmar os mercados, à tarde”, diz Luciano Costa, economista-chefe da Kilima Asset. Ele observa também que a pressão sobre commodities como o petróleo e o minério beneficiam a B3, mantendo o interesse e o fluxo estrangeiro.
Cenário de Nova York
Hoje, os índices de ações em Nova York tiveram ganhos, enquanto o ajuste nos Treasuries também foi evidente, com avanço do yield do vencimento de 2 anos para 1,51%, e o de 10 anos, a 1,88%, após a demanda por proteção vista na segunda e terça, de escalada do conflito, que havia deprimido o rendimento dos títulos americanos. O ouro cedeu hoje, também refletindo a melhora de percepção sobre risco.
- Dow Jones fechou em alta de 1,79%, aos 33.891 pontos;
- S&P 500 avançou 1,86%, aos 4,386 pontos;
- Nasdaq subiu 1,62%, aos 13,752 pontos.
O dólar à vista fecha em baixa de 0,94%, a R$ 5,1073, perto da mínima do dia (R$ 5,1033), na máxima, moeda marcou R$ 5,2236.
Os contratos futuros do petróleo dispararam na sessão desta quarta-feira (2), impactados pela decisão de a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) manter o atual nível de aumento na oferta. Dados de estoque dos EUA também ajudaram na performance de hoje, e a a guerra na Ucrânia segue impactando os preços.
O petróleo WTI para abril fechou em alta de 6,95% (US$ 7,19), a US$ 110,60 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para maio avançou 7,58% (US$ 7,96), a US$ 112,93 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
O ouro fechou em baixa no mercado futuro nesta quarta. O metal, considerado um porto seguro de investidores, tem se beneficiado recentemente dos temores a respeito dos impactos econômicos do conflito entre Rússia e Ucrânia, mas o apetite por risco melhorou hoje diante de sinais de que os dois países podem voltar à mesa de negociações por um acordo de cessar-fogo em breve.
O ouro com entrega prevista para o mês que vem recuou 1,11%, a US$ 1.922,30 por onça-troy.
No Ibovespa hoje, o setor de commodities foi destaque. Os papéis atrelados ao setor foram responsáveis pela alta do índice após o feriado prolongado de Carnaval. A disparada intensa do petróleo trouxe o primeiro lugar do ranking de maiores altas do dia para a 3R Petroleum (RRRP3), que ganhou 12,93%. Em seguida, PetroRio (PRIO3), com alta de 9,02% e CSN (CSNA3) que subiu 8,09%.
A Vale (VALE3) também figurou na lista, com avanço de 7,99%, Bradespar (BRAP4), com +6,54%, Gerdau (GGBR4), com +6,39% e, por fim, Gerdau Metalúrgica (GOAU4), que subiu 6,44%.
Petrobras (PETR3, PETR4) também ficou no positivo, com elevação de 3,16% e 1,97%, respectivamente.
No setor de varejistas, as ações do ambiente de e-commerce, Americanas (AMER3) foi destaque com +6,39%.
Entre os grandes bancos, apenas Banco do Brasil (BBAS3) se sustentou no campo positivo ao fim do pregão, registrando +1,11%. Itaú (ITUB4) perdeu 1,65%, Bradesco (BBDC3, BBDC4) caiu 0,82% e 1,03%, respectivamente, e por fim, Santander (SANB11) cedeu 0,58%.
Na primeira posição entre as maiores perdas do índice, Ambev (ABEV3) caiu 4,47%, seguida de Natura (NTCO3), recuando 4,02% e Cielo (CIEL3), com queda de 3,89%.
Maiores altas do Ibovespa:
- 3R Petroleum (RRRP3): +12,93% // R$ 38,26
- PetroRio (PRIO3): +9,02% // R$ 28,15
- CSN (CSNA3): +8,09% // R$ 27,13
- Vale (VALE3): +7,99% // R$ 99,65
- Bradespar (BRAP4): +6,54% // R$ 32,09
Maiores baixas do Ibovespa:
- Ambev (ABEV3): -4,47% // R$ 14,52
- Natura (NTCO3): +4,02% // R$ 22,22
- Cielo (CIEL3): -3,89% // R$ 2,47
- Ultrapar (UPGA3): -3,38% // R$ 14,31
- Multiplan (MULT3): -3,17% // R$ 21,39
Outras notícias que movimentaram a bolsa de valores
- Com inflação recorde e escassez de trabalhadores, Fed sinaliza mais uma vez alta de juros
- Dasa (DASA3) adia pagamento de R$ 165 milhões em JCP
Com inflação recorde e escassez de trabalhadores, Fed sinaliza mais uma vez alta de juros
Dados divulgados nesta quarta-feira (2) pelo Livro Bege, sumário de opiniões que embasa as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), indicam que o emprego nos Estados Unidos avançou de ritmo “modesto a moderado”, com alta demanda disseminada por trabalhadores e relatos de dificuldades de achar mão de obra.
Em alguns distritos, há relatos de sinais de melhora na oferta de trabalhadores, segundo o documento.
“Muitas empresas tiveram dificuldade de manter seus níveis de pessoal devido à alta rotatividade”, diz o Livro Bege. O desafio foi “exacerbado” pelos problemas causados pela covid-19 em janeiro, em meio à onda de casos da Ômicron no país, “embora trabalhadores e empresas tenham se recuperado mais rápido que em ondas anteriores”.
As empresas continuaram a aumentar os pagamentos ao pessoal e a introduzir flexibilidade para os funcionários, a fim de atrair trabalhadores, especialmente em posições com salários mais baixos, reporta o Livro Bege, “com sucesso misto” na empreitada.
Há expectativa de que o mercado de trabalho siga “apertado”, com consequente “crescimento forte nos salários continuando”. Alguns distritos, porém, reportam que o crescimento dos salários dá sinais de moderação, segundo o documento.
Dasa (DASA3) adia pagamento de R$ 165 milhões em JCP
O Conselho de administração da Diagnósticos da América, a Dasa (DASA3), decidiu adiar o pagamento de cerca de R$ 165 milhões de juros sobre o capital próprio (JCP).
O JCP da Dasa será de R$ 0,3012 por ação, e deve ser pago até 31 de dezembro — a data anterior previa pagamento do JCP até o fim de abril.
A empresa de serviços médicos e de análises clínicas anunciou o pagamento do provento em 21 de dezembro de 2021. Só terá direito aos pagamento quem tinha posições ao fim do pregão do último dia 27.
A postergação, segundo comunicado arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), se deve ao planejamento de orçamento da companhia.
O valor bruto a ser pago a título de JCP está sujeito a tributação pelo Imposto de Renda na Fonte, e à alíquota de 15% (quinze por cento), na forma da legislação em vigor.
Desempenho dos principais índices
Além do Ibovespa, confira o fechamento dos principais índices da bolsa hoje:
- Ibovespa hoje: +1,80%
- IFIX hoje: -0,17%
- IBRX hoje: +2,09%
- SMLL hoje: +0,66%
- IDIV hoje: +0,65%
Cotação do Ibovespa nesta sexta (25)
O Ibovespa fechou o pregão da última sexta-feira (25) em alta de 1,39%, aos 113.141,94 pontos.
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Radar: BrMalls (BRML3) vende participação em shopping, Netflix (NFLX34) compra produtora de games, sanções de guerra podem atingir Petrobras (PETR4)
Veja as últimas notícias que movimentaram o mercado
Bolsa de NY fecha em alta, com Powell, Livro Bege do Fed e diálogo Rússia-Ucrânia
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 2. Investidores monitaram notícias sobre uma nova rodada de conversas entre Rússia e Ucrânia ainda nesta semana. Falas do presidente do Federal Reserve(Fed), Jerome Powell e divulgação do Livro bege também estiveram no radar.
O índice Dow Jones fechou em alta de 1,79%, aos 33.891,35 pontos, o S&P 500 subiu 1,86%, aos 4.386,54 pontos e o Nasdaq avançou 1,62%, aos 13.752,02 pontos.
Pela manhã, a possibilidade de Rússia e Ucrânia retomarem o diálogo e negociarem um acordo sobre o atual conflito apoiaram uma abertura positiva em Wall Street.
Depois, os holofotes ficaram sobre Powell, em testemunho diante da Câmara dos Representantes. O banqueiro central disse considerar apropriado elevar a taxa básica de juros na reunião de março e que irá propor aumento de 0,25 ponto porcentual. Se a inflação subir mais, o Fed está preparado para uma postura mais agressiva na alta de juros, disse Powell. Com a guerra, ele pontuou que a mudança será feita com cuidado, para não gerar incerteza. A autoridade afirmou que o balanço de ativos do banco será reduzido em ritmo compatível ao tamanho da produção americana.
O Livro Bege do Fed, por sua vez, informou que lideranças por todo o país acreditam que, em geral, a perspectiva econômica para os Estados Unidos nos próxismos seis meses segue otimista, apesar do alto grau de incerteza. No sumário de opiniões que embasa decisões monetárias, foi citado que preços cobrados dos clientes avançaram em ritmo robusto recentemente no país, enquanto a situação do emprego melhorou em ritmo modesto a moderado.
Entre indicadores, o relatório ADP mostrou criação de 475 mil empregos no setor privado dos EUA. O resultado superou a projeção de analistas. Operadores aguardam resultado do payroll na próxima sexta-feira.
Na volta do carnaval, dólar cai 0,94% com commodities e fala de Powell
Uma onda de recuperação de ativos de risco no exterior, em meio a declarações em tom cauteloso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e à valorização expressiva dos preços das commodities, na esteira de gargalos de oferta provocados pelas sanções econômicas à Rússia, abriu espaço para uma nova rodada de apreciação do real. Notícias de provável retomada das negociações entre russos e ucranianos nesta semana também teriam contribuído para o bom humor dos investidores.
Depois de dois dias fechado por conta do feriado de Carnaval, o mercado doméstico de câmbio reabriu na tarde desta quarta-feira (02) esboçando jogar o dólar para cima, em reação ao recrudescimento da guerra na Ucrânia. Na máxima, a moeda atingiu R$ 5,2236 (+1,32%). A febre compradora teve, contudo, vida curta. Já no término da primeira hora de negócios, o dólar passou a operar em queda, sob influencia clara do ambiente externo benigno – marcado por alta firme das bolsas de Nova York e tombo da moeda americana frente a divisas emergentes.
Com renovação sucessiva de mínimas na reta final do pregão, o dólar à vista desceu até o patamar de R$ 5,10, ao tocar R$ 5,1033 (-1,02%). No fim da sessão, era cotado a R$ 5,1073, em queda de 0,94%. A moeda já acumula desvalorização de 8,40% em 2022. O dólar futuro para abril recuou 1,29%, a R$ 5,14500, com giro de US$ 11,6 bilhões.
No exterior, o índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes – ensaiou uma alta pela manhã, mas perdeu força e passou a trabalhar em leve baixa, na casa dos 97,300 pontos. O rublo – que havia amargado queda de mais de 30% – hoje liderou os ganhos entre emergentes, com alta de mais de 6% ante o dólar.
O real e seus pares são beneficiados pelo aumento dos preços das commodities, insuflados pelas restrições de oferta por conta do conflito no leste europeu e das sanções econômicas impostas à Rússia. Bancos russos foram excluídos do sistema de pagamentos internacional Swift e houve congelamento de cerca de US$ 300 bilhões em reservas internacionais do país. Os contratos futuros do petróleo dispararam, fixando-se acima de US$ 110,00. O minério de ferro teve alta modesta no porto de Qingdao na China hoje (0,55%), mas vem de dois dias de valorização firme 2,64% na segunda-feira e 4,41% ontem.
“Parece que o mercado devolveu a alta do dólar que vimos na sexta-feira, quando investidores se protegeram antes do feriado. Apesar do ambiente muito incerto, estamos vendo um aumento recente das commodities, que pode estar favorecendo um pouco o fluxo via exportadores para o Brasil”, diz a economista Cristiane Quartaroli, do Banco Ourinvest, salientando que é cedo para apostar uma tendência maior de queda do dólar, já que o ambiente ainda é de muita incerteza.
Para o economista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, os mercados de risco apresentam uma recuperação pontual, após dois dias seguidos de queda, movimento que acaba se refletindo nos ativos domésticos, como o real. “Powell sacramentou um aumento moderado de 0,25 ponto nos juros, que devem continuar subindo depois de forma gradual. E existe a percepção de que com a asfixia econômica e financeira da Rússia, a guerra tende a acabar mais rapidamente”, diz Velho, ressaltando que a moeda brasileira também se beneficia de dados de atividade positivos na China.
A combinação de uma alta gradual dos juros nos EUA com uma taxa Selic perto de 13% nos próximos meses mantém o diferencial entre taxas internas e externas em níveis elevados, o que estimula as operações de “carry trade” e, por tabela, dá certa sustentação ao real.
Velho observa que o mercado pode experimentar uma nova rodada de deterioração, já que a guerra trará como grande efeito colateral a alta global da inflação, em sintonia, provavelmente, com perda de dinamismo da atividade. Os preços das commodities, tanto agrícolas como energéticas, devem seguir em rota ascendente, por conta do choque de oferta. “Ao mesmo tempo em que as commodities em alta favorecem o real e parece continuar o fluxo de estrangeiro para o Brasil, o dólar pode voltar a subir com aversão ao risco e essas pressões sobre a economia global”.
Na mesma linha, o economista Paulo Duarte, da Valor Investimentos, espera uma intensificação ainda maior da valorização commodities nas próximas semanas, dado que Rússia e Ucrânia são países relevantes na cadeia de fornecimento de matérias-primas, como gás natural e fosfato, usado na produção de fertilizantes “Petróleo já disparou e minério também. Isso deve pressionar ainda mais a inflação, que já era um problema global. Podemos ver um aperto monetário no mundo todo. O Brasil já iniciou esse processo no ano passado”, afirma.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Ibovespa fecha em alta de 1,80%, aos 115.173,61 pontos, depois de oscilar entre 113.143,06 e 115.428,90
Volume financeiro foi elevado para um pregão mais curto: R$ 32,4 bilhões
Ibovespa continua em alta de 1,77%, aos 115.147 pontos
Dólar à vista fecha em baixa de 0,94%, a R$ 5,1073, perto da mínima do dia (R$ 5,1033), na máxima, moeda marcou R$ 5,2236
Ouro fecha em baixa, com melhora do apetite por risco e de olho em Powell
O ouro fechou em baixa no mercado futuro nesta quarta. O metal, considerado um porto seguro de investidores, tem se beneficiado recentemente dos temores à respeito dos impactos econômicos do conflito entre Rússia e Ucrânia, mas o apetite por risco melhorou hoje diante de sinais de que os dois países podem voltar à mesa de negociações por um acordo de cessar-fogo em breve.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para o mês que vem recuou 1,11%, a US$ 1.922,30 por onça-troy.
Alinhada à melhora do sentimento por risco, a alta dos juros dos Treasuries hoje também prejudicou o ouro, uma vez que o metal concorre com os retornos da renda fixa americana como ativo de segurança.
Investidores também atentaram ao depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Comitê para Assuntos Financeiros da Câmara dos Representantes dos EUA. Ele reforçou a necessidade por ajustes na política monetária em face da forte inflação e o apertado mercado de trabalho locais, mas ressaltou que a guerra na Ucrânia adiciona mais incerteza ao cenário global.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Ibovespa continua em alta, com +1,71%, aos 115.082 pontos
Dólar comercial opera em queda de 1,02%, a R$ 5,1070
Ibovespa opera em forte alta de 1,89%, aos 115,2 mil pontos
O Ibovespa hoje opera em forte alta, na volta do feriado, com 1,89%, aos 115,279 pontos, às 15h05. O salto vem com a forte demanda por ações de empresas de commodities, como a Petrobras (PETR4), que sobe 1,79%.
Confira outros destaques do índice Bovespa nesta quarta-feira (2):
- 3R Petroleum (RRRP3): +10,86%
- CSN (CSNA3): +8,13%
- Vale (VALE3): +6,51%
- PetroRio (PRIO3): +6,47%
- Gerdau (GGBR4): +6,44%
Na outra ponta, estão:
- Gol (GOLL4): -4,05%
- Ambev (ABEV3): -3,62%
- CVC (CVCB3): -3,59%
- Engie (ENGI11): -3,56%
- Natura (NTCO3): -3,54%
Dólar comercial opera em queda de 0,47%, a R$ 5,1350
Powell diz que Fed está pronto para adotar uma série de altas de juros nos EUA
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que “a inflação está alta em nível que não vejo desde quando estava na universidade, ou seja, há 50 anos”. Em depoimento na Câmara dos Representantes, ele ressaltou que “estamos prontos para adotar uma série de altas de juros”.
De acordo com ele, o Fed empregará seus instrumentos de política monetária para controlar a inflação, e “estamos em boa posição para viabilizar a estabilidade de preços com crescimento”. O presidente do Federal Reserve afirmou que o banco central americano reduzirá “o balanço de ativos do Fed a nível compatível ao tamanho da produção dos EUA, como era antes” da pandemia. Ele não concedeu mais detalhes sobre quando tais ações serão adotadas.
Conflito na Ucrânia
Em depoimento na Câmara dos Representantes dos EUA, Powell apontou que, apesar das grandes dúvidas geradas pela guerra na Ucrânia, os mercados financeiros estão funcionando bem com elevada liquidez. “A inflação está alta demais e é preciso adotar medidas de forma cuidadosa e ágil. Vamos usar nossos instrumentos para manter a estabilidade financeira e não gerar incertezas.”
Ele disse que “não sabemos as implicações” do conflito bélico no Leste Europeu, mas os fatos estão sendo monitorados atentamente. “Com a guerra, estamos em alto alerta para ciberataques no setor financeiro. Mas estamos preparados, pois já fizemos tudo o possível para evitar seus eventuais impactos, caso ocorram.”
(Com informações do Estadão Conteúdo)
Petróleo atinge maior valor em uma década após frustração da Opep e, com dólar, pressiona preços de combustíveis
A cotação do petróleo disparou nesta quarta-feira (2) após a frustração dos mercados internacionais com a promessa – não cumprida – de aumento de produção da Opep+.
Os contratos do barril de Brent para maio deste ano são negociados em Londres a US$ 111,02, o maior valor em quase 10 anos e alta de 5,78% no dia. Já os barris de WTI saem por US$ 109,07 em Nova York, alta de 5,38% no dia.
A disparada acontece após anúncio da Opep+, que inclui a Rússia, de postergar o aumento de produção de combustíveis apesar da retomada da demanda ao redor do mundo.
O mercado de petróleo já estava agitado antes da invasão da Rússia à Ucrânia e, agora, com as restrições à circulação do produto, investidores estão preocupados com a possibilidade de queda na oferta. A Rússia é um dos principais produtores da commodity e seus derivados e abastece parte da Europa com o fornecimento de gás natural.
No mercado de metais, o minério de ferro é cotado a US$ 143,45. O cobre tem alta de 1,26% no dia e o ouro recua 1,24%.
Ibovespa hoje opera em alta, na volta do feriado de Carnaval
O Ibovespa hoje opera em alta após o hiato de dois dias e meio na negociação de ações por conta do feriado de Carnaval. Nesta Quarta-Feira de Cinzas (2), o índice Bovespa opera em alta de 1,53% aos 114.872 mil pontos.
Entre as principais altas, tem destaques as empresas de commodities minerais, em especial, dos setores de mineração e petróleo. A 3R Petroleum lidera as altas do índice com valorização de 11,78%. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) tem alta de 7,69% e a Vale (VALE3) de 6,12%.
Na outra ponta do Ibovespa, as mais afetadas são as empresas de viagens e turismo: A CVC Brasil (CVCB3) recua 3,90% e a Gol Linhas Aéreas (GOLL3), 3,99%.
O dólar é cotado a R$ 5,258, alta de 0,87% no dia.