Qual o impacto da Guerra da Rússia no preço do câmbio? Veja
Dólar e Euro
Com a invasão da Rússia na Ucrânia, o dólar, ativo esse que tem registrado queda nos últimos dias, voltou a subir hoje, com valorização de mais 2%.
Repórter: Poliana Santos
Por volta das 15h, o dólar subia 2,55%, negociado a R$ 5,13. Para se ter uma base de comparação, na véspera, quarta-feira (24), o dólar fechou o pregão em queda de 0,94%, cotado a R$ 5,00.
Além do dólar, outra moeda que tem chamado a atenção do mercado global é o euro que tem alta de 1,36%, negociado a R$ 5,73.
Para os especialistas, o que acontece agora em meio à tensão geopolítica é a busca por ativos mais seguros e um tom de cautela no mercado financeiro.
A economista do Banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, aponta ainda que, apesar da forte alta do dólar de mais de 2%, a postura do mercado é de cautela com os próximos passos do desenvolvimento da tensão geopolítica com a invasão da Rússia.
Isso porque, a alta do dólar indica uma certa retomada da queda observada nos últimos dias, mas não significa uma deterioração.
Mas no geral, os especialistas apontam que o Brasil segue muito atrativo para o investidor estrangeiro, principalmente com a alta da taxa básica de juros (Selic).
O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, analisa que a palavra volatilidade estará presente principalmente hoje e nos próximos dias, com as eleições no radar.
A questão é que o Brasil tem um diferencial de juros, após a escalada da Selic e a previsão é de que a inflação atinja o mundo todo.
Além disso, a bolsa brasileira está consideravelmente barata, então há uma atração bem interessante do capital estrangeiro para o País.
O economista-chefe da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), Reinaldo Cafeo, descarta uma “explosão” do dólar para R$ 5,90 e R$ 6,00 no médio e longo prazo.