De olho em petróleo e Treasuries, dólar reduz queda com recuo da Rússia
O dólar já reduz as perdas intradia nesta terça-feira (15). Os investidores seguem monitorando a crise no leste europeu sob certo alívio com a retirada de parte das tropas russas da fronteira com a Ucrânia.
No entanto, a queda de mais de 3% dos preços do petróleo no exterior, mais cedo, e a alta dos juros dos Treasuries longos limitam os ajustes de baixa da moeda americana. O dólar à vista registrou máxima a R$ 5,2153 (-0,06%), ante mínima a R$ 5,1948 (-0,45%) após a abertura dos negócios.
Agora, por volta das 10h30, o dólar hoje tem queda de 0,24%, negociado a R$ 5,20. O dólar futuro para março cedia 0,03%, a R$ 5,22, ante mínima a R$ 5,20 e máxima, a R$ 5,23 (+0,11%).
“O mercado financeiro global continua influenciado pelas notícias sobre a possibilidade da invasão da Rússia na Ucrânia. Surgiram rumores há alguns dias de que até haveria data marcada para a ocorrência (amanhã), mas as notícias de hoje são conflitantes, já que mescla aumento da força armada da Rússia na região e outras citando que as tropas estariam saindo do entorno da Ucrânia”, informou o relatório do Mirae Asset.
Mais cedo, o mercado precificou a trégua da Rússia em meio a negociações diplomáticas com líderes ocidentais para evitar a invasão russa ao território da Ucrânia e também as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçando o compromisso do BC no combate à inflação. O IGP-10 de janeiro veio dentro do esperado, mas levemente acima da mediana do mercado e reforçando a persistência da inflação no País.
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou a alta a 1,98% em fevereiro, depois de ter avançado 1,79% no mês anterior, sob o peso de commodities e combustíveis no atacado, mostraram dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, saltou 2,51%, contra alta de 2,27% em janeiro. Os grandes destaques para a aceleração da taxa do IGP são importantes commodities e combustíveis: minério de ferro (8,06%), soja (7,32%), milho (9,22%) e óleo diesel (7,71%).
“A contribuição desses quatro principais responde por 65% do resultado do IPA”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
Última cotação do dólar
Na última sessão, segunda-feira (14), o dólar encerrou o pregão em queda de 0,31%, negociado a R$ 5,20.
(Com informações do Estadão Conteúdo)