Oi (OIBR3) conclui deslistagem na NYSE e deixará de ter ADRs negociadas nos EUA
A Oi (OIBR3) efetivou o seu cancelamento de registro de companhia aberta nos EUA junto à Securities & Exchange Commission (SEC), conforme informado pela companhia nesta segunda (14).
As ADRs da Oi ordinárias e preferenciais estavam sendo negociadas no mercado de balcão nos Estados Unidos sob o código de negociação OIBZQ e OIBRQ, respectivamente.
Acompanhando o mau desempenho das ações da Oi no Brasil, os papéis OIBZQ caíram cerca de 60% nos últimos 12 meses ante 47% de baixa nos papéis preferenciais.
Apesar disso, as ordinárias – com maior liquidez – estavam sendo negociadas a US$ 0,82, preço que representa 34% de alta em relação ao primeiro pregão de 2022, quando a cotação era de US$ 0,61.
Cada ADR ordinária equivale a cinco ações da Oi. As ADRs preferenciais equivalem, cada uma, a uma ação preferencial. Os títulos eram negociados livremente na Bolsa de Nova York desde meados de 2016.
O cancelamento da negociação livre na bolsa norte-americana foi motivado pela reestruturação da companhia, que passa por recuperação judicial.
Há meses, quando a Oi comunicou que retiraria suas ADRs da NYSE, a companhia afirmou que o benefício econômico para manter uma listagem na NYSE diminuiu nos últimos anos “devido ao crescimento do volume financeiro negociado na B3 brasileira, e à tendência decrescente no volume de negócios das ADRs ordinárias da operadora na NYSE nos últimos anos”.
“A companhia esclarece que o cancelamento do registro da Oi na SEC não impacta a listagem das ações da companhia na B3, mantendo-se a Oi sujeita às obrigações de divulgação aplicáveis nos termos da legislação e regulamentação brasileiras”, diz a tele.
“Continuaremos divulgando reportes periódicos, resultados anuais e intermediários, e comunicações conforme exigido pela legislação e regulação aplicáveis em seu website de relações com investidores , inclusive em inglês”, acrescenta.
Oi avança com vendas de ativos
Ainda na semana passada o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra pela TIM, Vivo e Claro dos ativos móveis da Oi.
O julgamento sobre a operação terminou com quatro votos favoráveis e três contrários. As ações da companhia dispararam mais de 9% após o resultado do julgamento, mas desaceleraram e fecharam em baixa.
O conselheiro Luis Braido, do Cade, votou por reprovar a compra da Oi por TIM, Vivo e Claro. Ele é o relator do julgamento da operação no órgão antitruste. Os conselheiros Paula Farani e Sérgio Ravagnani acompanharam o voto do relator. O presidente do Conselho Alexandre Cordeiro, Lenisa Prado e Luis Hoffman votaram a favor da aprovação. Cordeiro deu o voto de minerva.