Inflação dos EUA sobe 7,5% em janeiro, acima do esperado, e antecipa aperto maior
A inflação nos EUA iniciou 2022 em alta acima do esperado, em mais uma sinalização de que o aperto monetário do Federal Reserve, o banco central americano, deve acelerar a partir de março, como prometido pelo presidente da autarquia, Jerome Powell, na última comunicação.
Segundo dados do Escritório de Estatísticas de Trabalho dos EUA:
- O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do país avançou 7,5% em janeiro na comparação anual;
- Na base mensal, o indicador teve alta de 0,6%;
- O núcleo do IPC na base anual avançou 6%, enquanto na base mensal teve uma alta de 0,6%;
- O país também divulgou que o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego da última semana ficou em 223 mil, abaixo do esperado, segundo consenso Bloomberg, e também abaixo da leitura de 239 mil da semana anterior.
Os investidores acompanham de perto esses dados, que podem determinar a velocidade e a intensidade do início do ciclo da alta de juros no País, além do fim das compras de títulos pelo banco central – medida que ajudou a segurar a economia americana garantindo liquidez aos mercados durante os piores meses da pandemia.
Não é de hoje que a inflação vem exercendo um grande poder de influência sobre os mercados, mas esse IPC janeiro ganha uma camada especial por ser o primeiro indicador após a mudança na percepção do Fed sobre a insistente escalada dos preços nos EUA.
- Após os dados, os futuros dos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, que operavam próximos da estabilidade no início da manhã, viraram e passaram a cair
- O índice Ibovespa (IBOV) acompanhou e desacelerava a alta da manhã para 0,06%, a 113.022 pontos
- Já o dólar (USDBRL), que caía perto de 0,35% pouco antes das 10h30, horário de Brasília, virou e passou a subir levemente, negociado a R$ 5,2379