Venezuela: novas manifestações e os EUA podem fazer intervenção

Cidadãos da Venezuela iniciam a concentração nesta quarta-feira em várias áreas de Caracas, a capital federal. As manifestações do 1º de maio já haviam sido agendadas tanto pelo governo, quanto pela oposição. Contudo, os protestos estão mais intensos devido aos acontecimentos da véspera.

Na terça-feira (30), a oposição liderada por Juan Guaidó sofreu uma derrota. Após confrontos diretos na Venezuela, o dia encerrou-se com aliados de Guaidó pedindo asilo às embaixadas de nações, incluindo o Brasil.

Espera-se que o presidente Nicolás Maduro, faça um discurso ao fim da marcha que seus apoiadores farão na capital venezuelana nesta data.

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Em paralelo, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que o governo dos Estados Unidos da América (EUA) pode intervir militarmente na Venezuela caso seja necessário.

“O presidente [Donald Trump] foi cristalinamente claro e incrivelmente consistente. Uma ação militar é possível. Se for necessário, é o que os Estados Unidos vão fazer”, disse Pompeo à “Fox Business”.

Saiba mais – Confronto na Venezuela: Blindados do governo Maduro avançam contra manifestantes

Entenda quem é Juan Guaidó, o principal líder da oposição

Deputado pelo Partido Vontade Popular, Guaidó é o líder da Assembleia Nacional da Venezuela. Em 23 de janeiro de 2019, declarou-se presidente do país, e iniciou uma crise presidencial no País.

Na prática, a autodeclaração de Guaidó, enquanto líder do Parlamento, assume que o órgão julga como “juridicamente ineficaz” a Presidência exercida por Nicolás Maduro.

Maduro é mandante do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), e assumiu como presidente em 10 de janeiro deste ano.

Uma lista que supera 50 países, incluindo o Brasil, reconhece a presidência autodeclarada de Juan Guaidó na Venezuela.

Venezuela: Maduro x Guaidó

O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou na manhã da véspera que possuíao apoio dos militares contra Nicolás Maduro. Guaidó afirmou em sua conta do Twitter que se encontrou com unidades das Forças Armadas do país. E que deu início à fase final da “Operação Liberdade”.

Mais tarde, Maduro, rebateu, ao declarar ter total lealdade dos militares ao seu regime. Veículos blindados do governo de Maduro avançaram contra opositores do regime chavista, em Caracas.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram pessoas correndo para não serem atropeladas por blindados anti distúrbio da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela.

Amanda Gushiken

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