Saraiva (SLED3) perde o CEO e deve terceirizar a administração

A menos de um mês da assembleia que deve definir novas condições do plano de recuperação judicial junto aos credores, a Saraiva (SLED3) perdeu nesta segunda-feira (31) o seu presidente executivo: Marcos Guedes anunciou que deixa o cargo quase um ano depois de tê-lo assumido interinamente sem substituto à vista.

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Segundo o jornal Valor Econômico, a saída de Marcos Guedes foi uma decisão da família controladora da Saraiva, rede de livrarias que já foi a maior do País.

“A companhia agradece ao Sr. Marcos Guedes pela sua contribuição ao longo do período em que exerceu o mencionado cargo”, informa fato relevante divulgado hoje.

Desde 2019, houve foi homologado o pedido de recuperação judicial da empresa, a Saraiva já teve três CEOs depois da saída da família fundadora, incluindo os interinos;

  • Jorge Saraiva Neto, da família fundadora, deixou o posto por pressão dos credores ao fim de 2019;
  • Luis Mario Bielinky assumiu o ponto e ocupou o cargo por três meses, até que pediu demissão;
  • Deric Guilhen foi eleito como o primeiro interino e me manteve por um ano, desde abril de 2020; e
  • Marcos Guedes assumiu depois de Guilhen e ficou por um ano na presidência da Saraiva, interinamente.

Agora, segundo o Valor, uma empresa focada em gestão deve assumir a administração da rede livrarias.

O jornal apurou que Guedes estava interessado em retomar as vendas nos canais digitais da Saraiva e abrir mais informações sobre a empresa para o mercado.

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Assembleia com credores da Saraiva

Marcada para 26 de fevereiro, a nova assembleia com credores da Saraiva deve votar o aditivo do plano de recuperação judicial da empresa, com ajustes na proposta.

A data passou por três adiamentos a pedido da rede de livrarias. A dívida da empresa está avaliada em R$ 600 milhões.

Na bolsa, as ações da Saraiva já não possuem liquidez. Por volta das 11:45 (horário de Brasília) desta segunda (31), os papéis não registravam nenhuma variação por falta de negociações.

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Em outubro do ano passado, a empresa foi obrigada a fazer um grande grupamento de ações, de 35 para 1, devido os papéis estarem abaixo do limite de R$ 1,00, estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Mas, o que tudo indica, é que os acionistas não gostaram dessa concentração de valor. Porque as ações da Saraiva agravaram as perdas depois da operação, registrando 23% de queda no dia da primeira negociação após o agrupamento.

Atualmente, as ações ordinárias da Saraiva estão valendo R$ 8,51, enquando as ações preferenciais (SLED4) estão avaliadas em R$ 4,26.

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Monique Lima

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