Longe da Bolsa: Madero e ISH Tech se unem às desistências de IPO em 2022
A lista de empresas que desistiram de levar adiante suas ofertas públicas de ações (IPO, na sigla em inglês) neste ano só aumenta. Desta vez deram para trás a rede de restaurantes Madero e a empresa de cibersegurança ISH Tech.
As duas companhias anunciaram a desistência nesta terça-feira (25), em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A rede de restaurantes Madero havia protocolado seu pedido de IPO na CVM em agosto do ano passado. Em janeiro, a empresa anunciou que esperava condições melhores de mercado para concluir sua abertura de capital. No acumulado de ano 2021, até setembro, o Madero registrou um prejuízo líquido de R$ 115,2 milhões.
Já a ISH Tech também havia protocolado seu pedido na CVM seu pedido de IPO em agosto passado. À epoca, a empresa disse que usaria os recursos captados para o crescimento orgânico, com ênfase nas áreas de marketing, vendas, infraestrutura e recursos humanos, além de reforçar o capital de giro.
No prospecto preliminar a ISH destacou ainda que já havia mapeado 600 possíveis alvos de fusões e aquisições para investir depois da abertura de capital na Bolsa.
Desistências de IPO em 2022 chegam a 12
Com mais dois anúncios adicionados à conta, o número de empresas que desistiram de listar suas ações em Bolsa já soma 12 em 2022. As três últimas desistentes haviam sido a Coty, empresa de beleza e cuidados pessoais, a Cantu, plataforma de comércio eletrônico de pneus, e a Minas Gerais Participações, do setor imobiliário, que comunicaram a suspensão do IPO no último dia 19. Veja a lista completa das empresas que ficaram longe da Bolsa.
- Monte Rodovias,
- Ammo Varejo,
- Dori Alimentos,
- Environmental ESG,
- Vero Internet,
- Coty,
- Claranet,
- Fulwood,
- Concosud,
- Cantu Store,
- Madero,
- ISH Tech.
A maior parte das empresas alega condições desfavoráveis de mercado para a abertura de capital neste ano.
A visão dos especialistas é de que o investidor está ainda mais seletivo em 2022, por causa dos juros mais altos no Brasil, além da crescente aposta de que o banco central norte-americano também vá começar a elevar os juros por lá.
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