Radar: Gol (GOLL4) fecha financiamento bilionário, IPO da Corsan é adiado, acionista da Aliansce (ALSO3) amplia participação na BR Malls (BRML3)
A Gol (GOLL4) fechou um financiamento de até US$ 600 milhões (R$ 3,29 bi) com a Castlelake LP para a aquisição de novas aeronaves Boeing (BOEI34) 737 MAX 8, informa comunicado desta manhã de segunda-feira (24).
A transação vai abranger 10 arrendamentos financeiros e 2 sale-leasebacks (vender para locar de volta). Segundo o CEO da Gol, Paulo Kakinoff, o financiamento das aeronaves Boeing 737 MAX marca o início de um novo ciclo de criação de valor na frota da aérea.
“Com condições favoráveis de mercado para novas aeronaves MAX e nossa forte parceria com a Boeing, como um de seus maiores clientes, essas aeronaves fortalecem ainda mais a nossa posição de liderança no mercado”, diz o executivo, em nota.
A taxa de juros para os arrendamentos financeiros das aeronaves é de aproximadamente 6% a.a., “o que representa uma redução em relação aos custos de arrendamentos operacionais das aeronaves atuais na frota”, diz documento.
Já os recursos originados pela transação cobrirão 100% do custo de aquisição das novas aeronaves e proveem recursos adicionais que serão direcionados para obrigações e custos de devolução das antigas aeronaves 737 NG da Gol.
A Gol espera devolver até 18 aeronaves 737 NG em 2022, e um total de 34 aeronaves NG até o final de 2025, o que deverá contribuir ainda mais com a redução de custos unitários.
A entrega dessas 12 aeronaves Boeing 737 MAX adicionais começa em janeiro de 2022, informa do documento. No 3T21, a aérea firmou contratos para 26 aeronaves adicionais MAX 8, e atualmente possui um total de 102 aeronaves Boeing 737 MAX a serem entregues.
Além da Gol, veja as notícias que movimentaram o noticiário nesta segunda:
Aposta de IPO neste início de 2022 sobe no telhado: Corsan adia a oferta, diz jornal
- A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) anunciou nesta segunda-feira (24) que vai adiar a oferta pública de ações (IPO).
- De acordo com fontes do Pipeline, a empresa estava para fechar uma ancoragem com Aegea e Perfin e lançaria o IPO hoje mesmo. Porém, o timing do mercado e os termos de contrato foram decisivos para o governo do RS e, no fim, adiaram a privatização.
- O adiamento do IPO da Corsan já é o quinto do mês, apesar de ter sido o que mais teve chances de acontecer nesta temporada. Com a bolsa de valores passando por período volátil e o sentimento geral de aversão ao risco da renda variável, todas as que anunciaram cancelamento ou que decidiram postergar a data devem aguardar outra janela.
- Os bancos coordenadores da oferta sseriam Morgan Stanley, Bank of America, Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG Pactual, Safra e XP Investimentos.
Fundo acionista da Aliansce (ALSO3) aumenta participação na BR Malls (BRML3)
- A BR Malls (BRML3) anunciou nesta segunda-feira (24) que o fundo de pensão canadense CPPIB, acionista integrante do bloco de controle da Aliansce Sonae (ALSO3) aumentou sua posição na companhia de capital pulverizado, alcançando 5,76%.
- O fundo CPPIB é o maior acionista operadora da Aliansce, com 23%.
- A BR Malls ressaltou, em outro comunicado, que a elevação do capital da CPPIB não visa alterar o controle da companhia. No passado, o fundo já havia sido um acionista com parte maior da empresa, com quase 10% do capital. Mas há dois meses, a posição era de 1%.
- Recentemente, a BR Malls recusou a proposta de fusão da Aliansce Sonae (ALSO3), afirmando que a administradora de shopping diz que a decisão foi unânime por parte do conselho de administração da companhia.
- A ‘fusão de iguais”, como denominou a Aliansce em documento, propunha o pagamento dividido entre dinheiro e ações. Seriam R$ 1,35 bilhão em dinheiro – montante correspondente a 20% do atual valor de mercado da empresa. Com isso, os acionistas da companhia receberiam cerca de R$ 1,6184 por ação BRML3, nos termos do acordo.
- Em seu fato relevante, a BR Malls afirma que “a referida proposta não atribui pagamento de prêmio em relação ao preço de fechamento da ação em 13 de janeiro de 2022”.
Enauta (ENAT3) compra FPSO e retoma operações no campo de Atlanta
- A Enauta (ENAT3) divulgou nesta segunda-feira (24) que através de uma subsidiária indireta, celebrou contrato de compra do FPSO OSX-2 para o Sistema Definitivo (SD) do Campo de Atlanta.
- A conclusão da aquisição deve ocorrer no primeiro trimestre de 2022 e será comunicada via fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
- “A aquisição do FPSO é mais um passo importante para a concretização do Sistema Definitivo de Atlanta. Os termos negociados permitem que o projeto venha a ter um breakeven baixo e um retorno atraente. Se tivermos sucesso na sanção do projeto, a produção de Atlanta chegará à casa dos 50 mil barris de óleo por dia a partir de 2024, gerando expressivo valor para os nossos acionistas”, comentou Décio Oddone, CEO da Companhia, em nota.
- Além disso, a Enauta anunciou o retorno da produção de um dos poços do Campo de Atlanta.
- Houve uma paralisação preventiva para inspeção e reparo de uma linha de produção do FPSO Petrojarl I. A partida do segundo poço aguarda identificação e reparo de falha do sistema elétrico. De acordo com a Enauta, o campo está produzindo cerca de 4 mil barris de óleo por dia.
- O Campo de Atlanta está localizado na Bacia de Santos e é operado pela Enauta Energia, subsidiária integral da companhia.
CCR (CCRO3) assina contrato para assumir Aeroporto da Pampulha
- A CCR (CCRO3) anunciou a celebração de contrato com o governo de Minas Gerais de concessão do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, o Aeroporto da Pampulha, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), pelos próximos trinta anos.
- Segundo fato relevante ao mercado, a concessionária fica responsável pelos “serviços públicos de exploração, ampliação e manutenção” do terminal aéreo.
- “A assinatura do contrato de concessão representa a concretização de mais uma importante etapa do planejamento estratégico do Grupo CCR, que visa o seu crescimento qualificado, disciplina de capital, agregar valor aos acionistas e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental das regiões onde atua”, informou a empresa.
Kora Saúde (KRSA3) compra clínica IDE por R$ 14 milhões no ES
- A Kora Saúde (KRSA3), rede hospitalar do Espírito Santo, comprou a clínica de diagnósticos IDE, localizada em Serra (ES), por R$ 14 milhões. De acordo com a empresa, serão R$ 12 milhões pagos no fechamento da operação e o restante em até cinco anos.
- A companhia adquirida pela Kora é especializada em diagnósticos por imagem e fica no complexo do Hospital Meridional Serra, que é da Kora.
- “A aquisição faz parte da estratégia da companhia em oferecer soluções cada vez mais completas no atendimento aos pacientes, reforçando o compromisso com o acolhimento, a qualidade, e a resolutividade”, diz a Kora Saúde, em comunicado.
- Atualmente, a rede hospitalar está presente no Espírito Santo, Ceará, Tocantins, Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás.
- “A aquisição faz parte da estratégia da companhia em oferecer soluções cada vez mais completas no atendimento aos pacientes, reforçando o compromisso com o acolhimento, a qualidade e a resolutividade”, diz o comunicado.
- Ainda em janeiro deste ano a companhia havia feito a aquisição de um hospital em Ceilândia, na região metropolitana de Brasília.
- Segundo a XP Investimentos, a compra demonstra o fortalecimento da posição na região de Brasília, sendo que o ativo compreende 179 leitos.
- “Com a aquisição, a Kora chegará a 450 leitos hospitalares na região (9,2% dos leitos com fins lucrativos), uma dos mais relevantes para serviços de saúde e que se tornará mais um polo da empresa. O EV anunciado para a aquisição é de R$ 330 milhões, traduzindo-se em R$ 1,8 milhão por leito (já considerando a expansão), levemente acima das aquisições anteriores feitas pela empresa. Notamos que a aquisição inclui o imóvel do hospital, e, se considerarmos que 1/3 do EV é o imóvel, o preço por leito seria de R$ 1,2 milhão, em linha com aquisições anteriores”, afirmam os analistas da corretora.
Embraer (EMBR3): Azorra encomenda 20 aeronaves E2 por US$ 3,9 bilhões
- A americana Azorra assinou contrato para adquirir 20 novas aeronaves da família E2, da Embraer (EMBR3), além de sinalizar o direito de compra de mais 30 aviões. As informações constam em documento divulgado nesta segunda-feira (24).
- Segundo a Embraer, o acordo é flexível e permite que a Azorra adquira aeronaves E190-E2 ou E195-E2. A preços de tabela, a encomenda está avaliada em US$ 3,9 bilhões.
- As entregas terão início em 2023, adicionando mais 20 aeronaves da Embraer às 21 que constam no portfólio da Azorra.
- A Azorra é uma empresa de leasing de aeronaves com sede na Flórida, EUA, especializada em aeronaves executivas, regionais e comerciais. Seu relacionamento com a fabricante brasileira já é de longa data, sinaliza a empresa em nota.
- “Na Jetscape, fomos a primeira empresa de leasing independente a se comprometer com o programa E-Jet da Embraer em dezembro de 2007 e depois os E-Jets estabeleceram uma base global de clientes, com mais de 80 operadores. A primeira aeronave nova da Azorra foi um Phenom 300, adquirido da Embraer em dezembro de 2016”, lembra John Evans, CEO da Azorra.
- “Esse compromisso reforça nossa crença no E2; uma família de aeronaves modernas com desempenho econômico e ambiental superior, proporcionando à Azorra uma excelente oportunidade para estabelecer uma posição de liderança nos mercados em que servimos”, acrescenta.
Da Gol ao Goldman Sachs, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.