Dólar cai após bater R$ 4 em dia de instalação de comissão especial
O dólar fechou a sessão em baixa de 0,758% a R$ 3,9561 na venda, nesta quinta-feira (25). A cotação mínima do dia foi R$ 3,9504 e a máxima foi de R$ 4,0029. A baixa ocorreu após a moeda norte-americana encostar nos R$ 4.
Ocorreu hoje a instalação e nomeação dos cargos da comissão especial da Câmara Federal que analisará o texto da reforma da Previdência. O dólar iniciou a trajetória de queda por volta das 11h20 (horário de Brasília. A primeira sessão da comissão teve início às 11h.
Confira abaixo o fechamento das principais moedas:
- Euro: baixa de 1,15% a R$ 4,4019.
- Libra esterlina: baixa de 1,072% a R$ 5,0961.
O Banco Central (BC) vendeu todos os 5.350 swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, ofertados em leilão para rolagem do vencimento de maio.
O BC também informou que começará em 2 de maio a rolagem integral dos 201.785 contratos de swap cambial tradicional com vencimento em 1º de julho de 2019.
Comissão especial da reforma da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), marcou a sessão de instalação da comissão especial da reforma Previdenciária para às 11h desta quinta-feira.
Segundo o “Antagonista”, lideranças partidárias tinham a pretensão de iniciar os trabalhos somente na semana do dia 7 de maio. A decisão de Rodrigo Maia refletiu bem em um dólar que logo na abertura atingiu R$ 4.
O deputado Samuel Moreira (PSDB), foi apontado como relator da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. O presidente da comissão será Marcelo Ramos (PR). A comissão ainda contará com 37 deputados, que serão indicados pelos líderes de cada partido.
A proposta da reforma Previdenciária foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na terça-feira (23), com quatro pontos retirados do texto original compilado pelo ministério da Economia.
Saiba mais – Governo aceita retirar 4 pontos da Previdência para viabilizar votação na CCJ
A partir de agora, a tramitação da reforma da Previdência na Câmara ocorre da seguinte forma:
- Deputados integrantes da comissão serão escolhidos;
- Nas 10 primeiras sessões, os deputados podem apresentar emendas que alterem o texto aprovado na CCJ;
- A partir da 11ª sessão o relator pode apresentar o parecer;
- O relatório será votado pelos deputados integrantes da comissão especial;
- Se aprovado, o texto passa para o plenário da Câmara e deve ser lido em sessão;
- A votação deve ocorrer em dois turnos e a PEC precisa do apoio de, no mínimo, 308 deputados;
- Se aprovada, a reforma Previdenciária passa para análise no Senado.
Dólar abre batendo R$ 4
O dólar atingiu os R$ 4 na abertura nesta quinta-feira (25) à espera do andamento da reforma da Previdência. O câmbio também segue a alta no exterior. Às 9h04, o dólar avançava 0,45%, a R$ 4,0047.
A moeda norte-americana voltou a alcançar esse nível de câmbio desde 28 de março, quando encostou R$ 4 na abertura do pregão. Um crescimento na cotação gerado por uma série de razões, internas e internacionais.
Clique aqui e confira os principais motivos para o dólar ter ultrapassado a cotação de R$ 4:
- Reforma da Previdência;
- PIB do Brasil;
- Déficit primário;
- Economia dos EUA.
Saiba mais – Reforma da Previdência: PSDB fica com relatoria na Comissão Especial
Banco Central planeja intervenção no dólar
De acordo com o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, a instituição tem três instrumentos de intervenção que podem ser adotados:
- O primeiro deles são os contratos de swap cambial tradicional, que equivale a venda futura de dólares. Por ser uma espécie de compra da moeda, acaba interferindo no preço do ativo no mercado à vista;
- O segundo é a oferta de linhas de dólar, onde o o Banco Central realiza a venda da moeda com compromisso de recompra
- O terceiro é o leilão de dólar, das reservas internacionais, no mercado à vista, conhecido como “spot” e que não possuem compromisso de recompra.
Última cotação
O dólar encerrou em R$ 3,9863 na venda na última quarta-feira (24). A alta foi de 1,629%, estimulada pelos avanços na guerra comercial.
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