Tenda (TEND3) tem queda de 6% do VGV de lançamentos no 4T21

A Tenda (TEND3) divulgou a prévia operacional do quarto trimestre de 2021 nesta quarta (19). A construtora registrou R$ 836,2 milhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamentos no trimestre, queda de 6% ante o mesmo período de 2020.

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Comparado ao trimestre anterior, o número representa alta de 31,9% — no entanto, a base de comparação é fraca: no terceiro trimestre de 2021, a empresa teve VGV de R$ 633,9 milhões, em um período em que seu lucro líquido desabou 90,9%.

Segundo a prévia operacional da Tenda, a companhia lançou 17 empreendimentos entre outubro e dezembro de 2021.

Já as vendas líquidas do quarto trimestre tiveram queda anual de 2%, atingindo R$ 781 milhões. A velocidade de vendas (VSO) líquida foi de 31,9% no período, queda de 0,06 ponto porcentual sobre a mesma base de comparação.

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Os distratos sobre as vendas brutas finalizaram em 13,83% no trimestre (R$ 125,3 milhões), aumento de 6,8 pontos porcentuais em relação ao quarto trimestre de 2020. A Tenda informou que o banco de terrenos totalizou R$ 12,4 bilhões, com avanço anual de 13%.

Construção civil pode ter maior faturamento da década, mas empresas sofrem na bolsa

Estimativas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam que o setor de construção civil pode ter em 2021 o melhor faturamento nos últimos dez anos, com uma alta de 7,6% — puxada principalmente pelo mercado imobiliário.

Entre janeiro e setembro, houve um crescimento de 37,6% dos lançamentos e 22,5% nas vendas, segundo o próprio CBIC. Porém, ao mesmo tempo em que os números mostram um retrato do presente, trata-se de um cenário que vai se tornando passado de maneira bem acelerada.

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Os motivos são variados: aumento da taxa de juros, assim como a alta nos preços de materiais para construção, bolso mais curto do brasileiro e temores a respeito da economia, que está em recessão técnica após ter caído 0,1% no terceiro trimestre.

Para se ter uma ideia, o Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 14,3% em 2021, o maior patamar desde 2003.

Mesmo com os bons resultados acumulados em 2020, as empresas do setor enfrentam desconfiança dos investidores.

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A queda acumulada das 26 incorporadoras na Bolsa em 2021 foi de 31,1%, segundo dados levantados pela consultoria Economatica a pedido do Estadão, enquanto o Ibovespa recuou 11,93%. A Plano&Plano (PLPL3), que estreou no mercado de capitais em outubro de 2020, caiu mais do que a média, com uma desvalorização de 56%. E isso acontece em um ano em que a companhia atingiu R$ 1 bilhão em vendas líquidas, o maior volume de vendas anuais de toda a história da empresa.

Última cotação da Tenda

As ações da Tenda encerraram o pregão de hoje em alta de 2,42%, cotadas a R$ 14,82. No acumulado dos últimos 12 meses, a companhia viu seus papéis derreterem 50,34%.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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