Iguatemi (IGTI11): BTG vê (grande) valorização nas ações da empresa e reitera compra
Para o BTG Pactual (BPAC11), as ações do Iguatemi (IGTI11) devem valorizar nos próximos meses, de modo que a queda de 12% nos últimos dias, representa uma oportunidade de compra. “Estamos revisando nossas estimativas de resultados e reafirmando nossa postura positiva em relação ao companhia”, diz relatório desta terça-feira (18).
O banco tem recomendação de compra para as ações do Iguatemi, com preço-alvo de R$ 27,00 em 12 meses, que corresponde a um potencial de valorização de 56,2% sobre o fechamento de ontem (R$ 17,28).
Os analistas do BTG apontam que empresa administradora de shoppings é castigada pelo cenário macro (com vendas fracas no varejo, baixo crescimento do PIB e aceleração da inflação) e pelos novos temores com o avanço da Ômicron.
Porém, operacionalmente, os especialistas ponderam que o Iguatemi já se recuperou da pandemia na maior parte dos seus indicadores.
“Isso significa que o valuation atual (bem abaixo dos níveis históricos) é muito atrativo, com o Iguatemi pronto para entregar um 2022 sólido, pois seu portfólio premium já está apresentando um desempenho muito bom”, dizem os analistas Gustavo Cambauva e Elvis Credendio, em relatório.
O que o BTG vê no Iguatemi em 2022
Os analistas do BTG destacam que o preço das ações do Iguatemi está abaixo dos níveis pré-pandemia, de março de 2020, mas já é possível verificar melhora em vários indicadores operacionais. São eles:
- as vendas dos shoppings já foram superiores aos níveis pré-Covid no 3T21, e os analistas esperam que as vendas cresçam dois dígitos 4T21 quando comparado com o 4T19;
- o Iguatemi está cobrando aluguéis acima dos níveis de 2019, repassando o aumento da inflação; e
- as taxas de ocupação, abaladas pela Covid-19, também já mostraram uma boa recuperação em 2021 e deve continuar crescendo em 2022.
“Operacionalmente, o Iguatemi se recuperou totalmente do Covid-19, mas sua avaliação [na Bolsa], não; daí a oportunidade de compra”, indica o relatório do BTG.
Múltiplos atrativos
Para o relatório desta segunda, os analistas do BTG ajustaram suas projeções de lucro e modelo de avaliação para incluir os resultados do Iguatemi, a reestruturação societária recente e o cenário macro do País.
O banco levou em consideração um cenário do País mais conservador para estimar a receita de 2022 e 2023, devido uma perspectiva econômica menos favorável. Além disso, fez parte dos cálculos uma possível elevação da taxa de juros, impactando as despesas da empresa.
Para 2021, os analistas do BTG esperam um lucro de R$ 341,6 milhões, enquanto o lucro por ação deve ficar em R$ 1,29. Nessa estimativa, a projeção aumentou o lucro em 44% frente a última estimativa, e diminuiu o lucro por ação em 4%.
Já para 2022, a projeção é de R$ 165,5 milhões para o lucro (33% menor) e de R$ 0,63 para o lucro por ação, frente estimativa anterior que era de R$ 1,40.
“Com base em nossas novas projeções, definimos nosso preço-alvo de 12 meses em R$ 27, oferecendo 56% de alta”, concluem os analistas em relatório.
Cotação do Iguatemi nesta terça (18)
Por volta das 17h (horário de Brasília) desta terça, as units do Iguatemi subiam 2,14% no Ibovespa, cotadas a R$ 17,65.