Seis empresas já desistiram de fazer oferta inicial de ações neste inicio de ano

IPOs cancelados

O ano mal começou, mas seis empresas já desistiram de fazer oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) para entrar na bolsa de valores em 2022

Repórter: Bruno Galvão

Essas desistências já somam R$ 7 bilhões em movimentações canceladas

As operações de IPO canceladas em 2022 até agora são das seguintes companhias:

A Dori, fabricante de doces, balas e snacks, já havia pedido em outubro a suspensão de sua abertura inicial, mas agora resolveu desistir da operação, que poderia girar R$ 1 bilhão

Dori Alimentos

A empresa da Monte Equity Partners, que opera concessões no Nordeste, planejava desde o ano passado um IPO apenas com oferta primária, com recursos destinados a pagamento de dívidas, reforço do caixa e aquisições de outras companhias

Monte Rodovias

A provedora de internet controlada pela gestora de private equity Vinci Partners justificou que a decisão foi feita “tendo em vista as alterações das condições atuais dos mercados de capitais brasileiro e internacional”

Vero Internet

A dona da MMartan tinha planos de captar ao menos R$ 700 milhões e em julho de 2021 havia pedido o registro da operação na CVM. Mas, desde meados de agosto, o mercado se fechou para novas ofertas de ações

Ammo Varejo

Controlada pela Ambipar (AMBP3), companhia de gestão de resíduos, a Environmental ESG Participações  estava com captação podendo bater em R$ 3 bilhões, antes de decidir cancelar o IPO

Environmental ESG Participações

A pioneira na oferta de plataformas de tecnologia para o mundo corporativo brasileiro cancelou seu pedido de IPO sem justificar os motivos

Claranet 

Nos bancos de investimento, a expectativa é de que uma janela para captações na Bolsa se abra nesta primeira metade de 2022, ao menos até junho, permitindo que algumas operações saiam

Mas a visão é de que o investidor vai ficar ainda mais seletivo, por causa dos juros subindo a dois dígitos no Brasil e da crescente aposta de que o Federal Reserve vá começar a elevar os juros nos EUA já em março