Bolsonaro diz que haverá ‘rebelião’ se for decretado novo lockdown: “Não teremos Forças Armadas suficientes”

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que haverá “caos” e “rebelião” se o País decretar lockdown neste ano devido à piora da pandemia de Covid-19 com a transmissão da variante Ômicron.

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À rádio Jovem Pan, o chefe do Executivo voltou a criticar governadores e prefeitos que tomam medidas para tentar conter o avanço da Covid-19 e reiterou que não se vacinou contra o coronavírus.

“Já vejo aqui ensaio de governadores querendo fechar tudo novamente. Já deixo claro aqui: o Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda afirmou que o Brasil não tem Forças Armadas suficientes para garantir a lei e a ordem em caso de revoltas populares por conta das restrições. “Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem. Ou o pessoal entende isso ou está cavando a própria sepultura”, afirmou o presidente.

A gravação ocorreu no sábado (08), no Palácio da Alvorada, e foi veiculada na rádio Jovem Pan na terça-feira (11).

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Bolsonaro volta a mencionar histórico de atleta

Jair Bolsonaro também voltou a dizer que não se imunizou contra a Covid-19. “Eu não tomei a vacina. É o meu direito”, afirmou. “Não vão forçar, porque eu não vou tomar. Nenhum homem aqui no Brasil ou uma mulher vai me obrigar a tomar a vacina”, acrescentou.

O presidente minimizou os efeitos do coronavírus e insistiu numa referência ao pronunciamento feito por ele em rede nacional em março de 2020, quando chamou a Covid-19 de “gripezinha” ou “resfriadinho” e mencionou seu “histórico de atleta”.

Bolsonaro admitiu que talvez seja o único governante do mundo a adotar “a minha linha”, referindo-se ao combate a medidas restritivas e vacinação. “Eu desconheço uma autoridade que tenha adotado a minha linha. Será que eu sou o único certo? Será que eu sou a pessoa que andou falando absurdos? A realidade vai caindo”, afirmou.

Com 620 mil mortos, o Brasil é o segundo país com mais vítimas fatais da Covid-19. Em primeiro lugar está os Estados Unidos, que já contabilizou mais de 860 mil óbitos.

As declarações do presidente Bolsonaro ocorrem em meio ao aumento de casos da doença no País, com a disseminação da variante Ômicron, altamente contagiosa.

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Monique Lima

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