Superintendentes da CVM pedem reajuste salarial em carta aberta ao presidente da autarquia
Os superintendentes da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apresentaram nesta sexta-feira (7) uma carta aberta ao presidente da autarquia, Marcelo Barbosa, solicitando apoio à reivindicação de reajuste salarial.
Sem reajuste salarial desde 2019, superintendentes afirmam no documento que a decisão do governo de aumentar salários de apenas algumas categorias é um “duro golpe” e mencionam a inflação em alta.
O documento, com a assinatura de 15 superintendentes, foi encaminhado ontem ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
“A assimetria no tratamento provoca nos servidores da autarquia não só decepção e insatisfação, mas também um desestímulo que pode resultar na saída de quadros técnicos importantes”, dizem os superintendentes. “Entendemos ainda que essa situação pode comprometer o ambiente laboral e a produtividade tão necessária num momento em que os mercados seguem a todo vapor.”
Na carta, os servidores da autarquia ressaltam que não se sentem apenas insatisfeitos e decepcionados, mas também desestimulados. Por consequência, isso poderia resultar, reforçam eles, na saída de “quadros técnicos importantes”.
Outras entidades participantes no movimento de reajuste salarial são os servidores do Banco Central (BC) e da Receita Federal. Todos protestam contra a decisão do governo federal e do Congresso Nacional de incluir no orçamento reajuste apenas para as forças policiais.
Os superintendentes reconhecem os “esforços incansáveis” do presidente da CVM. O documento relata as tentativas de Barbosa por um orçamento alinhado às responsabilidades institucionais, assim como recomposição, mesmo que parcial, da força de trabalho da autarquia. Eles destacam a necessidade de pessoal e a falta de concursos públicos nos últimos 10 anos, que tornaram a situação ainda mais “crítica”.
Paulo Guedes pede que CVM entre no Sistema Brasileiro de Inteligência
Atendendo a um pedido de Marcelo Barbosa, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o ministro da Economia, Paulo Guedes, solicitou que a autarquia entre no Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN) para “aprimorar a execução das suas atribuições legais”. As informações foram publicadas na coluna do jornalista Lauro Jardim, no jornal O Globo.
O pedido de Guedes para a entrada da CVM no SISBIN deve ser avaliado por Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.