Agronegócio é o mais afetado por fiscalizações na tabela de frete
O setor do agronegócio é o mais afetado pelas fiscalizações da tabela do frete. Quase metade das vistorias feitas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) resultam em multas.
![Agronegócio é o mais afetado por fiscalizações na tabela de frete](https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2019/04/6e87d12a-agronegócio-800x450.jpg)
Dados do órgão mostram que das 342 operações de fiscalização realizadas neste ano, 156 geraram multas por irregularidades do piso mínimo de frete. As punições representam 45% das fiscalizações. Os valores arrecadados com as vistorias não foram divulgados pela ANTT, mas as multas vão de R$ 500 a R$ 10.500.
A tabela do frete rodoviário foi uma das medidas de concessão do governo Michel Temer para conter a greve de caminhoneiros em maio de 2018. Apesar da decisão estar em vigor desde essa época, as multas só passaram a ser cobradas no início deste ano. Isso porque o decreto que regulamenta as penalidades foi publicado em novembro passado.
Antes da regulamentação, as empresas que descumpriam as regras recebiam apenas uma notificação. A tabela de frete é uma reivindicação da categoria dos caminhoneiros e serve para protegê-los de variações no preço do frete e no valor o diesel.
Saiba Mais: Governo anuncia linha de crédito de até R$ 30 mil para caminhoneiros
Governo faz acordo e evita greve
Na última segunda-feira (22), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniu com integrantes da Confederação Nacional dos Transportes Autônomos (CNTA). Nesse encontro, o governo se comprometeu a implementar a política de frete mínimo.
Com isso, os motoristas asseguram que não haverá greve dos caminhoneiros. A partir desta terça-feira (23), está válida a política. O governo garantiu atender todas as reivindicações para evitar uma greve dos caminhoneiros, dentre elas está o aumento a fiscalização do piso mínimo de frete e o reajuste da tabela ao preço do diesel.
Saiba Mais: Greve dos caminhoneiros: governo faz acordo e evita paralisação
Além disso, os motoristas terão livre acesso para denunciar ao ministério as empresas que descumprirem a política de preços mínimo. Entretanto, o presidente da CNTA, Diumar Bueno, afirma que a trégua deverá durar aproximadamente dois meses.
Esse prazo, segundo o presidente, é para que o governo consiga implementar a nova política. Bueno explica que o se o governo não cumprir a promessa dentro do prazo, as negociações serão abertas, mas, com uma pressão muito maior de paralisação nacional.
Saiba Mais: Greve dos caminhoneiros: governo está “entre a cruz e a espada”, diz ministro
Governo anuncia pacote para caminhoneiros
Antes do acordo sobre o diesel e o frete, o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciou na última semana um pacote para os caminhoneiros. Na medida está prevista a criação de uma linha de crédito de até R$ 30 mil para caminhoneiros autônomos.
O crédito será concedido aos caminhoneiros autônomos via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Além do crédito de financiamento para os caminhoneiros, o governo anunciou também o investimento de R$ 2 bilhões em obras nas estradas.
O dinheiro liberado também será usado pelo Ministério da Infraestrutura para a manutenção das estradas e rodovias. Outro ponto anunciado na coletiva atende à antiga reivindicação da categoria: paradas de descanso para caminhoneiros nas estradas.
Além disso, a equipe garantiu a conclusão de obras da BR-163, rodovia importante para a logística da produção do agronegócio da região do Centro-Oeste.
“Quer saber mais sobre o IPO do Uber? Baixe aqui o relatório completo GRATUITO”