Kelly Possebon

6 dicas para prosperar financeiramente em 2022

Quando o assunto é dinheiro, é preciso mais do que uma mera declaração de um novo começo para alcançar seus objetivos ou mesmo organizar as finanças

Os ares trazidos por um novo ano sempre nos inspiram a traçar novas metas. Perder peso, mudar de emprego, organizar nossa vida financeira são somente alguns dos exemplos mais famosos. Entretanto, por que é tão difícil tirar nossas metas do papel ao longo do ano?

A reposta para essa questão reside no fato de que para que a mudança realmente aconteça é necessário ter disciplina, disposição e, especialmente, organização. Caso contrário, não temos uma meta, mas, sim, um sonho.

Quando o assunto é dinheiro, não poderia ser diferente: é preciso mais do que uma mera declaração de um novo começo para alcançar seus objetivos ou mesmo organizar as finanças.

Pensando nisso, selecionei seis dicas para quem quer aproveitar a entrada de 2022 para botar as finanças em ordem e realizar alguns sonhos que estavam somente no papel.

1.Vire a chave de sonhador para fazedor

Primeiramente, torne seu objetivo muito específico. Ter um ponto de referência tangível pode fazer maravilhas para seus objetivos financeiros.

Para que nosso cérebro possa se comprometer e entender o plano de ação, é necessário transformá-lo em realidade. Vamos supor que você deseja passar o próximo Natal em Nova York. Como se planejar para transformar esse desejo em realidade?

Primeiramente, levante todos os custos envolvidos e o tempo hábil para colocar em ação a sua viagem. Após pesquisar você chegou à conclusão que precisará de R$ 22 mil, sendo que, de janeiro até o Natal, serão 11 meses de planejamento. Depois disso, divida o custo total pelo número de meses — neste caso, essa conta seria de R$ 2 mil por mês. Eis o seu número. Agora virou realidade para o seu cérebro e fica mais fácil organizar seu orçamento para juntar o dinheiro.

Este foi um exemplo sobre um objetivo de curto prazo, como uma viagem, mas essa fórmula é aplicável a outros planos que podem ser de curto, médio ou longo prazo. É só lembrar da equação: PREÇO+PRAZO DEFINIDO = META FINANCEIRA.

2. Evite a exaustão financeira

Dinheiro: ou você lida com ele ou com a falta dele. Por isso, tenha um orçamento. Orçar não é sinônimo de gastar o mínimo de dinheiro possível ou sentir culpa por cada compra. O objetivo do orçamento é garantir que você seja capaz de estar no controle. A menos que você esteja com um orçamento muito apertado, você deve estar livre para ir ao cinema ou sair para comer fora, pois orçar não é sinônimo de escassez e, sim, de escolhas inteligentes.

Sair do orçamento significa se endividar e, para que isso não aconteça, delimite o quanto você pode gastar, especialmente quando estamos falando de cartão de crédito. Por exemplo, imagine que você pode gastar R$ 1 mil por mês no crédito. Se um mês tem 5 semanas, esses R$ 1 mil te permitem uma média de R$ 200 por semana. Caso tenha gastado R$ 500 somente em uma semana, encare a conta: sobram somente R$ 500 para o restante do mês.

Alguns cartões cobram mais de 16% de juros mensais no rotativo. Isso é exaustão financeira pura. E, se você já entrou numa bola de neve com crédito, sabe exatamente do que estou falando.

3. Vença a inflação

Não interessa quem você é, qual time você torce ou o que você faz da vida. A inflação é para todos. A inflação é a diminuição do seu poder de compra. Atualmente o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai encerrar 2021 beirando 10,70%. Em outras palavras, os R$ 1 mil de janeiro passado não compram as mesmas coisas agora em dezembro.

Desta maneira, não basta somente economizar e gerenciar bem seu orçamento, é necessário também investir para que a inflação não diminua seu poder de compra.

4. Dívidas

Está endividado? Foque em reduzir os juros.

Não saia pagando contas aleatoriamente. Coloque tudo no papel e priorize sanar aquelas que custam mais caro. Uma alternativa é trocar dívida mais cara por uma mais barata, utilizando linhas de crédito com garantia, reduzindo assim o risco para a instituição financeira credora e você obtendo uma taxa menor.

Está livre de dívidas?

Ótimo! Mas ficar livre de dívidas sem nenhuma reserva não vai pagar suas contas em uma situação adversa. Um saldo zero pode rapidamente se tornar um saldo negativo, se você não tiver uma rede de segurança.

5. Construa ou reabasteça seu fundo particular

Para quem vai começar agora, o fundo particular – também conhecido como reserva de emergência (como esse termo possui uma conotação negativa, prefiro utilizar fundo particular, pois esse dinheiro também pode ser utilizado para momentos de felicidade) – é a primeira meta financeira a se alcançar, pois são essas economias que lhe permitirão ter poder de escolha. Entretanto, uma dúvida frequente que muitas pessoas que estão começando a investir possuem é a seguinte: quantos meses meu fundo deve cobrir?

Não existe uma resposta exata para essa pergunta. Entretanto, para auxiliar a chegar nesse número, sugiro o seguinte questionamento: com quantos meses de independência financeira você se sentiria confortável se todas as suas fontes de renda cessassem nesse exato minuto? Pense, a resposta é sua, é seu número, é você que precisa se sentir confortável.

E, se você for começar essa reserva hoje, fica o alerta: imaginar todo montante a ser conquistado pode soar um tanto opressor. Lembre-se que um prédio de 20 andares precisou de um primeiro tijolo. Trabalhe para economizar seus primeiros R$ 1 mil e comece a partir daí!

6. Defina uma meta SMART

Específica, mensurável, atingível, relevante e temporal. Fazer isso pode ser doloroso no início, mas nos auxilia a traçar um plano que seja factível.

Dividir metas maiores em resoluções menores pode ajudar a tornar seu progresso mais acessível e permitir que você veja os resultados mais rapidamente – mesmo que esse progresso seja pequeno.

O objetivo não é se sentir privado das coisas que você gosta de fazer. Se você definir expectativas mais baixas, que possam ser construídas umas sobre as outras, isso aumentará seu ímpeto. Por exemplo, após descobrir como gastar 10% menos, experimente gradativamente maneiras de reduzir seus gastos em 15%, depois 20%… Pode demorar mais para atingir seu objetivo final, mas a mudança será sustentável a longo prazo.

Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

Kelly Possebon
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