Desigualdade de renda: houve alta entre brancos e negros, aponta Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou durante a semana os resultados do Radar IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal). Tal radar é composto por três dimensões: renda (IDHM-R), educação e longevidade. O IDHM-R apontou alta na desigualdade de renda do trabalho entre brancos e negros, na contramão da disparidade entre homens e mulheres, que caiu.

Confira abaixo a tabela divulgada pelo Ipea com dados da arrecadação do trabalho, separados por grupos, entre 2012 e 2017:

Na comparação dos valores é possível observar que:

  • a desigualdade entre homens e mulheres caiu em 2017: de R$ 423,80 em 2012, para R$ 377,62 no ano retrasado.
  • a desigualdade entre brancos e negros subiu em 2017: de R$ 726,93 em 2012, para R$ 767,84 no ano retrasado.

 

Contudo, houve evolução do IDHM-R das mulheres e dos negros. Contra a baixa de homens e brancos, entre 2016 e 2017.

Confira o gráfico divulgado pelo Ipea, com dados do IDHM-R, entre 2016 e 2017:

Ipea

Houve leve aumento do índice para as mulheres, de 0,658 para 0,660, e de negros, de 0,686 para 0,689. Contudo, o resultado para destes grupos ainda é menor que de homens, brancos e no geral.

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Renda do trabalho caiu no geral

Considerando a média de renda do trabalho no geral, houve queda entre 2016 e 2017: de R$ 1.403,55 para R$ 1.379,08.

Segundo o Ipea, a retração em tal média foi impulsionada pela queda da renda per capita, indicador referente à média de renda de toda a população brasileira.

Confira abaixo a variação da renda per capita no Brasil, entre 2016 e 2017, segundo o Ipea:

Ipea

A renda per capita do brasileiro passou de R$ 842,04 para R$ 834,31 em 2017. O recuo foi de 0,9% em relação a 2016.

“É importante verificar que o decrescimento da renda per capita foi acompanhado pela manutenção da desigualdade de renda, medida pelo índice de Gini, implicando o aumento da pobreza. Assim, a proporção de pessoas vulneráveis à pobreza cresceu 0,5 ponto percentual em 2017, atingindo 25% da população brasileira”, explica o relatório divulgado pelo órgão.

Segundo o economista Tiago Reis, CEO da Suno Research, o índice de Gini ou coeficiente de Gini “é um instrumento usado para mensurar como a renda de um país é distribuída entre a sua população. Dessa forma, esse índice serve para mostrar, basicamente, a concentração de renda existente em uma economia”.

Para conferir o relatório completo do Radar IDHM, divulgado pelo Ipea, clique aqui.

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Amanda Gushiken

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