Privatização da Eletrobras (ELET6): análise do processo é adiada pelo TCU

A análise do processo de privatização da Eletrobras (ELET6) foi adiada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A sessão estava marcada para acontecer nesta quarta-feira (8) às 14h30, mas o ministro-relator do processo, Aroldo Cedraz, não havia apresentado seu parecer para os demais integrantes do colegiado do órgão e surpreendeu outros ministros com a retirada de pauta.

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O julgamento do processo da Eletrobras deve acontecer em sessão extraordinária a ser convocada pelo TCU para a próxima quarta-feira, 15. Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o ministro havia se comprometido a disponibilizar o voto na tarde de terça-feira, 7, o que não ocorreu. A demora levou alguns ministros a cogitarem um pedido de vista, para que haja mais tempo para entendimento do assunto.

Durante a sessão, o decano do TCU, ministro Walton Alencar Rodrigues, cobrou o julgamento do processo. Cedraz, que ainda não tinha se manifestado sobre o adiamento, disse que o processo foi retirado de pauta porque chegou em seu gabinete manifestações do Executivo e da “sociedade”, ainda na manhã desta quarta.

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“Se Deus nos permitir, o processo volta à pauta na próxima semana“, afirmou Cedraz.

Atraso no processo da Eletrobras congestiona cronograma de privatização do governo

A decisão do TCU é aguardada pelo governo com incertezas. Nos bastidores, o Executivo trabalhou para agilizar a votação, sob argumento de que a demora estaria inviabilizando o cumprimento do cronograma da privatização. Antes esperada para fevereiro de 2022, agora a operação está prevista para acontecer entre abril e maio.

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Essa é a primeira proposta de privatização aprovada no Congresso durante a gestão de Bolsonaro. Com o aval, o governo deu prosseguimento aos preparativos para emissão de novas ações da empresa, por meio da qual a União pretende reduzir sua fatia na companhia de cerca de 60% para 45%.

A área técnica do TCU já apontou inconsistências nos dados da operação da Eletrobras e apresentou uma série de recomendações ao Ministério de Minas e Energia (MME), principalmente relacionadas aos preços de energia estabelecidos pela pasta – o que pode interferir nos valores que serão pagos à União e nas projeções para amenizar as tarifas nos próximos anos.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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