Dólar recua ante o real após dados de atividade positivos e deflação do IGP-DI

O dólar opera em baixa no mercado doméstico na manhã desta terça-feira, acompanhando o sinal de queda predominante no exterior frente outras divisas emergentes e ligadas a commodities. Os investidores precificam a deflação do IGP-DI de novembro, alta forte do petróleo, dados positivos da balança comercial da China e da produção industrial na Alemanha. Também é esperado que o Copom eleve a Selic em 1,50 ponto, em reunião que começa hoje e termina na quarta-feira (8).

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Às 11h10 desta terça, o dólar à vista caía 0,77%, a R$ 5,64. O dólar futuro de janeiro de 2022 recuava 0,45%, a R$ 5,69.

“Os motivos para esta abertura em baixa são sustentados pela divulgação de indicadores econômicos positivos divulgados na China (balança comercial), na Zona do Euro (PIB), além de dados positivos na Alemanha. Para ajudar na melhora do humor, surgiram informações da área de saúde da África do Sul de que até o momento estão sendo observados que os efeitos da contaminação da Ômicron são leves, apesar de mostrar maior grau de contágio”, informou a Mirae Asset em relatório.

A deflação de 0,58% do IGP-DI de novembro, um recuo maior que a mediana esperada de -0,44%, é fator para alívio e tende a reforçar na curva de juros a possibilidade de aumento de, no máximo, 150 pontos-base da Selic amanhã – o que seria a quinta alta seguida da Selic neste ano.

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Mas, a queda do dólar segue sendo limitada por cautela fiscal e é possível que ocorram novas remessas sazonais de capitais ao exterior. O impasse à promulgação da PEC dos Precatórios no Senado é monitorado pelos investidores e hoje ocorre nova rodada de discussões. Para agilizar a votação da proposta no Plenário da Câmara com as mudanças no texto feitas pelo Senado, a cúpula do Congresso avalia vincular o espaço fiscal ao Auxílio Brasil e a despesas previdenciárias. E o governo vai editar uma Medida Provisória para bancar o Auxílio Brasil em dezembro, já que a PEC dos Precatórios não foi promulgada ainda pelo Congresso.

Outra notícia a ser acompanhada é a de que o Ministério da Economia calcula que ainda faltam R$ 2,6 bilhões de espaço no teto de gastos, “rombo” que deve alimentar as pressões para mais aumentos de gastos nas negociações para a votação do Orçamento de 2022.

Última cotação do dólar

Na última sessão, segunda-feira (6), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,18%, negociado a R$ 5,69.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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