Vale a pena investir na ação da Via (VIIA3)? A XP tem a resposta
No primeiro pregão de dezembro, as ações da Via (VIIA3) — antiga Via Varejo (VVAR3) — fecharam em queda de mais de 7%. A verdade é que os acionistas da varejista estão vendo a queda desde junho, quando a a ação custava cerca de R$ 16, e passou para R$ 5,72 no final de novembro, ou seja uma desvalorização de 64%.
Assim como todas as varejistas, a Via está sendo penalizada pela inflação mais alta que limita o poder de compra do consumidor. “Atribuímos essa performance principalmente a um movimento macro, uma vez que empresas de alto crescimento e ligadas ao consumo acabam sofrendo mais em momentos de volatilidade e incertezas macroeconômicas, combinado ao aumento da competição no setor”, destacaram os analistas da XP no relatório.
Vale lembrar que a dona da Casas Bahia e Ponto não está sozinha nesse cenário de desvalorização de ativos. Os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) já perderam 68,7% de valor neste ano. Os da Americanas (AMER3) caíram mais de 55%.
Além da deterioração no cenário macroeconômico, os analistas apontam que entre os principais riscos para investir nas ações da Via está o cenário competitivo desafiador, em que as empresas investem fortemente na oferta de uma variedade maior de serviços a custos mais baixos.
O cliente que faz uma compra hoje não aguenta mais esperar por muito tempo a chegada de seu produto. Com a redução de prazos de entrega, 7 dias podem parecer uma eternidade. Por esse motivo, as grandes varejistas como Magazine Luiza, Via, Amazon (AMAZO34) e Mercado Livre (MELI34) apostam na implantação da entrega mais rápida do Brasil.
Nesse cenário competitivo, as varejistas brasileiras ainda engatinham enquanto que o Mercado Livre vence a disputa. Isso porque a empresa argentina investe em logística própria com sua frota de aviões e grandes centros de distribuição espalhado pelo País.
Com essa análise, a XP tem uma recomendação neutra para a ação da Via, com preço-alvo de R$ 10.
“Esperamos que o momento de curto prazo siga desafiador para o setor enquanto a deterioração macro em 2022 é um desafio para a demanda das categorias de linha branca (eletrônicos), com a Via sendo a companhia mais exposta a essas categorias versus seus pares. Entretanto, a aceleração do seu marketplace e suas soluções financeiras devem ajudar a mitigar esse impacto”, escreveu os analistas.
Última cotação da Via
Na última sessão, quinta-feira (2), as ações da Via encerraram o pregão em queda de 0,96%, negociados a R$ 5,15.