PGR: Sistema da Odebrecht indica pagamento de R$1,4 milhão a Maia

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o seu pai, o ex-prefeito e vereador do Rio de Janeiro, César Maia (DEM), foram apontados pela análise do sistema de propina da Odebrecht pela Procuradoria Geral da República (PGR).

A perícia feita nos sistemas internos da Odebrecht mostraram execuções de pagamento no valor total de R$ 1,4 milhão atribuídos a codinomes referente ao presidente da Câmara e ao vereador.

“Em síntese, o trabalho policial aponta que foram constatados, a partir de exames periciais em arquivos disponíveis no material examinado, registros de negociações, ordens de pagamentos e execução de pagamentos aos beneficiários de codinome”, apontou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

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De acordo com os delatores, “Botafogo” e “Inca” se referiam a Rodrigo Maia, e “Deposta” era o seu pai, César.

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Pedido de Prorrogação

O pedido de prorrogação do inquérito foi feito na última quarta-feira (10) pela procuradora-geral da República, e estão sob análise do relator do caso, ministro Luiz Edson Fachin. Até o momento, não há data limite para decidir a prorrogação.

O pedido de mais tempo, tem como justificativa, a possibilidade de analisar mais informações. A Polícia Federal também pediu às companhias telefônicas os dados de cadastro dos terminais telefônicos utilizados pelo presidente da Câmara e o vereador.

Além disso, estão marcados quatro depoimentos no inquérito que ainda serão realizados, de quatro ex-dirigentes da empreiteira.

A investigação teve inicio em abril de 2017 com base nas delações de executivos e ex-executivos da empreiteira.

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Segundo a PGR, em 2010, foi autorizado um pagamento com a finalidade de fundo de campanha do vereador, um total de R$ 600 mil. Desse valor, foram encontrados comprovantes de R$ 400 mil, realizado pelo Setor de Operações Estruturadas, conhecido como o setor de propinas da Odebrecht.

Conforme Dodge, a investigação mostrou ordens de pagamentos no valor de R$ 2,05 milhões para pai e filho. Ao todo, foram encontrados três planilhas, de três delatores da empreiteira, relacionado aos dois.

De acordo com a PGR, um relatório de análise mostrou doações eleitorais de empresas da Cervejaria Petrópolis para o diretório estadual do DEM, além de repasse de R$ 849 mil para a campanha de César Maia do Senado em 2010.

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A Defesa

O advogado Ary Bergher, que defende Rodrigo e César Maia, disse que não manifestaria porque, segundo ele, o caso está em segredo de justiça. No entanto, o processo referente a Odebrecht é público.

Poliana Santos

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