Sabesp (SBSP3) tem resultados “suaves” e BTG reitera recomendação de compra
A Sabesp (SBSP3) divulgou seu balanço do terceiro trimestre desse ano no fim desta quinta-feira (11), e o BTG Pactual (BPAC11) avaliou os números como “suaves devido aos maiores custos de inadimplência.”
Em relatório assinado por Gisele Gushiken e João Pimentel, o BTG manteve sua recomendação de compra para as ações da Sabesp, com preço-alvo em R$ 36,93.
Hoje, a ação da Sabesp (SBSP3) encerrou o pregão em queda de 2,38%, valendo R$ 36,05. No ano, o papel da companhia de saneamento acumula uma queda de 18,88%, frente ao fechamento a R$ 44,44 ao final de dezembro do ano passado.
O banco de investimentos avalia que a privatização da Sabesp parece cada vez mais fora do radar e se tornará mais difícil com a aproximação do ano eleitoral.
Entre julho e setembro, o lucro líquido da Sabesp somou R$ 468,6 milhões, um salto de 11% na comparação ano a ano. O montante, no entanto, é menor do que o ganho de R$ 732 milhões esperado pelo BTG Pactual.
O relatório lembra que o resultado foi impactado por despesas financeiras líquidas de R$ 521 milhões, devido ao efeito da desvalorização do real contra o dólar americano sobre a dívida da empresa denominada em moeda estrangeira.
Além disso, a receita líquida da companhia somou R$ 5,1 bilhões no acumulado trimestral (alta de 16% em relação ao mesmo período de 2020), com R$ 4,2 bilhões em receitas provenientes de serviços de saneamento – principal enfoque da companhia.
O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado saltou 18%, saindo de R$ 1,51 bilhão para R$ 1,78 bilhão no comparativo dos resultados da Sabesp no 3T21 de 2020 e 2021.
XP vê resultado em linha com expectativas
Após a divulgação do balanço, os analistas da XP, por sua vez, frisaram sua recomendação neutra para os papéis, com com preço-alvo de R$ 52 por papel.
“Os resultados refletem um aumento de 18% na receita no comparativo anual, principalmente devido à combinação de um reajuste tarifário de 7,0% em maio de 2021 e um de 3,4% em agosto de 2020, um aumento de 3,7% nos volumes faturados (excluindo o município de Mauá) e um melhor mix de clientes, como resultado de maiores volumes nos segmentos comercial e industrial, portanto, uma melhoria implícita nas tarifas de 20,2% no comparativo anual vs. nossa estimativa de 22,1%no comparativo anual, diz o relatório da corretora.
Como destaques negativos do balanço da Sabesp, os analistas citam um aumento nos custos gerenciáveis (PMSO) de 18,1% no comparativo anual (um pouco melhor do que a estimativa da casa), parcialmente compensando por melhorias na receita, Com isso, manteve-se o resultado final estável em R$ 468,6 milhões – alta de 11%.