Presidente da Petrobras (PETR4) recebe manifesto contra política de preços dos combustíveis

O presidente da Petrobras (PETR4), Joaquim Silva e Luna, recebeu nesta sexta (12) um manifesto assinado pela Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), que contesta a política de preços dos combustíveis e pede a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) “para recolocar a companhia dentro dos objetivos para os quais foi criada”.

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O documento enviado ao presidente da Petrobras é assinado também pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Conselho Federal de Economia (Cofecon) e pela Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo).

As entidades questionam a adoção pela Petrobras da política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que considera nos cálculos dos reajustes dos combustíveis as variações cambial e da cotação do petróleo internacional, além dos custos logísticos para trazer os produtos de outros países. Na prática, por todo combustível consumido no Brasil é cobrado preço de importação, ainda que a maior parte da demanda seja atendida com produção interna.

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“A própria existência da Petrobras e sua liderança na exploração de águas profundas, bem como as reservas do pré-sal, foram demonstradas desnecessárias, já que pagamos preço de importação. Nenhum país no mundo produtor de petróleo e com refinarias adota este modelo de política de preços”, traz o documento.

Entidades divergem sobre adoção do PPI pela Petrobras

No manifesto, as entidades argumentam que os combustíveis poderiam estar mais baratos no Brasil que no mercado internacional, com valores compatíveis com a renda da população, e que isso ajudaria a impulsionar a economia interna. “Precisamos também ter a empresa prestigiando o conteúdo local”, acrescenta.

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A essas críticas, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tem respondido que a adoção do PPI garante o abastecimento do mercado interno, porque investidores privados não colocariam dinheiro no País se essa política de preços não estiver vigente.

A Aepet, no entanto, rebate a crítica afirmando que a Petrobras possui caixa para investir. A interpretação das entidades que assinam o manifesto é que a Operação Lava Jato serviu para desqualificar a estatal frente à opinião pública e que, mesmo no pior momento da empresa, sua geração operacional de caixa e liquidez corrente estavam elevadas.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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