Vendas no varejo decepcionam e recuam 1,3% em setembro

As vendas do varejo caíram em 1,3% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, segundo dados recentes divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O resultado do varejo veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,0% a alta de 1,3%, mas ficou abaixo da mediana, que era negativa em 0,6%.

Na comparação com setembro de 2020, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram baixa de 5,5% em setembro de 2021. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 6,4% a 1,5%, com mediana negativa de 4,0%.

As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 3,8% no ano e alta de 3,9% em 12 meses.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 1,1% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde um recuo de 2,5% a avanço de 1,4%, com mediana de estabilidade (0,0%).

Na comparação com setembro de 2020, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram baixa de 4,2% em setembro de 2021. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 6,3% a elevação de 0,2%, com mediana negativa de 2,8%.

As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 8,0% no ano e aumento de 7,0% em 12 meses.

O índice de média móvel trimestral das vendas do comércio varejista restrito teve queda de 0,9% em setembro, segundo o IBGE. No varejo ampliado, o índice de média móvel trimestral das vendas registrou redução também de 0,9% em setembro.

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Revisões

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em agosto ante julho, de uma queda de 3,1% para recuo de 4,3%. No varejo ampliado, a taxa de agosto ante julho foi revisada de um recuo de 2,5% para queda de 3,0%.

Retração do varejo surpreende especialistas

O recuo de -1,3% do varejo foi uma “surpresa” segundo o economista da Ativa Investimentos, Guilherme Sousa, que frisa a expectativa de queda de -0,6% por parte do mercado.

Além disso, as ampliadas também recuaram além do esperado, para -1,1%.

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“Dentre as atividades que surpreenderam em setembro, destacamos os Equipamentos para Materiais de escritórios (-3,6%) e os Móveis e Eletrodomésticos (-3,5%)”, analisa.

Apesar disso, as estimativas para o crescimento econômico têm se mantido na casa.

“Nós da Ativa não alteramos a perspectiva de PIB e ainda esperamos alta de 4,5% para 2021, apesar do viés baixista, aguardaremos os dados da PMS (maior relevância no PIB), amanhã dia 12, para melhor avaliar a estimativa de crescimento do país”, diz Sousa sobre os dados do varejo.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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