Produção industrial recua 0,4% em setembro e fica abaixo do pré-pandemia, mostra IBGE
A produção industrial recuou 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, segundo a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta nesta quinta-feira (4). Esse foi a quarta queda consecutiva.
O resultado da produção industrial veio idêntico à mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,3% a alta de 0,7%.
Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo de 6,2% a 1,2%, com mediana negativa de 4,2%. A indústria acumula alta de 7,5% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta de 6,4%, de acordo com o IBGE.
Na relação com setembro do ano passado, o setor recuou 3,9%. Na média móvel trimestral, houve uma queda de 0,7%.
Dessa forma, o setor caiu para um patamar 3,2% abaixo do nível pré-pandemia, de fevereiro do ano passado, e 19,4% abaixo do nível recorde, registrado em maio de 2011.
Produção industrial por atividades
Na comparação de setembro com agosto, dez das 25 atividades industriais pesquisadas tiveram queda, com destaques importantes para:
- produtos alimentícios (-1,3%);
- metalurgia (-2,5%).
Também tiveram perdas importantes os ramos de couro, artigos para viagem e calçados (-5,5%), outros equipamentos de transporte (-7,6%), bebidas (-1,7%), indústrias extrativas (-0,3%), móveis (-3,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,7%).
Produtos de metal e produtos de minerais não metálicos mantiveram o mesmo nível de produção no período. Quatorze atividades tiveram alta, em especial produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,5%), outros produtos químicos (2,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,0%) e máquinas e equipamentos (1,9%).
“Houve queda na produção em sete dos nove meses deste ano. O que há de diferente em setembro é que a retração foi mais concentrada em poucas atividades”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.
“Mas isso não significa necessariamente que haja mudanças no comportamento predominantemente negativo do setor industrial, uma vez que ele é ainda bastante caracterizado pela perda de dinamismo”, diz o responsável pela divulgação da produção industrial pelo IBGE.
(Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil)