Ifood sofre ataque e diz que não houve vazamento de dados

Os restaurantes cadastrados no iFood tiveram seus nomes alterados por mensagens negacionistas contra vacina e em apoio ao presidente da República Jair Bolsonaro. Estabelecimentos com “Lula Ladrão”, Vacina Mata” ou “Bolsonaro 2022” foram encontrados no aplicativo durante a noite de ontem.

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De acordo com a empresa, o ataque ao iFood afetou aproximadamente 6% dos restaurantes cadastrados na plataforma. O aplicativo informou ainda que não houve qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais, tampouco dados de cartão de crédito.

“O incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida”, informou o aplicativo por meio de sua conta no Twitter.

O acesso da prestadora de serviço foi imediatamente interrompido, e os nomes dos restaurantes do iFood já estão sendo restabelecidos. “É importante destacar que os meios de pagamento dos clientes estão seguros.”

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Conforme o aplicativo, os dados de meios de pagamento não são armazenados nos bancos de dados do iFood, ficando gravados apenas nos dispositivos dos próprios usuários. Além disso, a plataforma explicou que não houve qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais de clientes do Ifood ou de entregadores cadastrados no aplicativo.

Ataque ao iFood gerou crítica de parlamentares

Nas redes, a situação gerou revolta dos parlamentares. Em publicação no Twitter, a deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS), classificou a troca de nomes, citando as frases “Marielle Peneira” e “Vacina Mata”, como “crueldade bizarra”. “Burlar-se da morte, do luto, da tragédia, é bárbaro, brutal e inaceitável”, afirmou.

Enquanto isso, o deputado José Guimarães (PT-CE) comentou que “fazer piada com o nome de Marielle Franco mostra o tamanho da mediocridade dos bolsonaristas“. “O recente hackeamento do iFood só reforça que o lugar dessa corja é o esgoto da história”, disse, no Twitter.

Já o deputado federal Paulo Ramos (PDT-RJ) alegou que a ação se refere ao “gabinete do ódio”, termo utilizado para descrever a atuação de assessores que comandariam ataques a adversários de Bolsonaro.

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Controladora do iFood recebe investimento recorde de R$ 1 bilhão

A Movile, controladora do iFood, recebeu um aporte recorde de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões), em agosto deste ano, para impulsionar sua expansão. Trata-se do maior montante recebido desde a sua fundação, considerando os investimentos em única rodada.

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Além do iFood, a companhia é dona das fintechs Movile Pay e Zoop e da startup de games Afterverse. O responsável pelo aporte robusto foi o grupo global de internet Prosus, principal investidor da Movile desde 2008.

“Esse valor será utilizado na nossa expansão para os próximos 12 meses e esse R$ 1 bilhão é uma aposta de que nossos mercados irão crescer”, diz Patrick Hruby, presidente da controladora do iFood.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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