Ibovespa abre em recuperação com alta de 1,4%; Cogna (COGN3) sobe 10%

Iniciando o primeiro pregão de novembro, nesta segunda (1), o Ibovespa abre aos 104.962 pontos em alta de 1,41%. Na ponta positiva, a Cogna (COGN3) sobe 10%, em consonância com as prévias da Ser Educacional (SEER3). A companhia divulgou dados acima do esperado e puxou alta no segmento de educação desde então.

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O Ibovespa hoje lida com os resultados das empresas divulgados no fim da semana passada, as notícias recentes sobre o IPO do Nubank e a recuperação após o tombo de sexta (29). No dia, o índice caiu para o seu menor patamar desde novembro de 2020.

“Aqui, para variar, o Ibovespa registrou queda de 6,7% no mês e que por sinal foi o quarto mês consecutivo que fechou no vermelho (queda de 13% no ano). Se os problemas de inflação alta, bancos centrais revisando suas estratégias de política monetária, crise de energia e resultados das empresas do 3T21 superando mais de 80% as estimativas (aqui e lá fora), o que justifica esta disparidade”, afirma o analista CNPI da Mirae Asset, Pedro Galdi.

A deterioração do cenário macroeconômico, vale lembrar, fez corretoras e bancos revisarem suas projeções para 2022 com maior pessimismo – vendo juros mais altos, inflação crescente e bolsa encolhendo.

A manhã de hoje não conta com balanços trimestrais, que devem retornar somente na quarta (3) após o feriado, já com o resultado financeiro do Itaú (ITUB4). Além disso, nenhum balanço foi divulgado na noite de sexta (29).

Nos indicadores, o PMI Industrial do Brasil fica em 51,7, conforme divulgação feita às 10h, ao passo que o PMI dos Estados Unidos deve ser divulgado às 11h – com projeção de 59,2.

Os países da Europa divulga o mesmo indicador ainda na terça (2), quando é feriado no Brasil, ao passo que a quarta (3) conta com os balanços e uma nova decisão do Federal Reserve, dias após o Banco Central brasileiro subir a Selic a 7,75%.

Notícias que vão movimentar o Ibovespa hoje

  • B3 recebe multa
  • Vibra fará emissão de debêntures
  • CVC fecha compra de companhia argentina

Receita aplica multa na B3

Ainda na sexta (29), a B3 (B3SA3) informou que recebeu uma infração da Receita Federal no valor de R$ 1,172 bilhão relacionada ao cômputo das variações cambiais positivas do investimento no CME Group.

A multa da B3 decorre da venda dessa fatia que a companhia promoveu em 2016.

Trata-se da segunda multa que a companhia da bolsa brasileira recebe na semana, já que ainda na quarta (27) a empresa informou ter sido multada em R$ 204 milhões em meio a questionamentos sobre a amortização, para fins fiscais, no exercício de 2017, de ágio gerado pela combinação dos negócios com a Bovespa Holding, o que ocorreu em maio de 2008.

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De acordo com comunicado divulgado pela empresa, o auto de infração encontra-se fundamentado, em síntese, na alegação de que as variações cambiais positivas não poderiam ter sido computadas no valor contábil do investimento para o cálculo do ganho de capital na sua venda.

As ações da B3 sobem 0,4% no Ibovespa hoje, acompanhando o índice.

Vibra emitirá debêntures

Conforme divulgado pela ex-BR Distribuidora, a Vibra (VVBR3), serão emitidos R$ 1,8 bilhão em debêntures como forma de “otimizar o capital da companhia”.

Em fato relevante após o fechamento do mercado na sexta (29), a Vibra comunicou que a decisão foi tomada após reunião do Conselho de Administração na quarta (27).

A emissão será de debêntures “não conversíveis em ações, em até duas séries, da espécie quirografária, a serem distribuídas com esforços restritos, em regime de garantia firme“, segundo o documento arquivado pela empresa na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Além disso, a empresa frisa que será permitida a distribuição parcial no montante mínimo de R$ 1,5 bilhão.

Na emissão de debêntures da Vibra, será “adotado o procedimento de coleta de intenções de investimento dos potenciais investidores no âmbito da oferta”.

As debêntures da primeira série terão prazo de vencimento de sete anos, ao passo que as da segunda série terão prazo de dez anos a partir da data de emissão.

As ações da Vibra sobem 2,5% no Ibovespa hoje.

CVC avança na Argentina

Também com informe efeito na sexta (29), a CVC (CVCB3) concluiu a compra dos 40% restantes da Ola, empresa da Argentina “consolidadora de viagens corporativas e de lazer”. Com a compra, a CVC passa a deter 100% do capital social da companhia. O valor não foi divulgado pois “não representa impactos relevantes nas  demonstrações financeiras“.

Segundo o comunicado ao mercado arquivado na CVM, a compra da Ola pela CVC ocorre por conta da “priorização e fortalecimento de suas operações nos mercados considerados estratégicos e com relevância competitiva”.

A aquisição anterior, de somente 60% do capital da Ola pela CVC, ocorreu em 2018.

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A Ola atua no setor de turismo há mais de 40 anos no segmento B2B (business to business). Os principais destinos da Ola são viagens nacionais, além de outros trajetos no continente, como ao Brasil, ao Caribe e à América Central.

Com a conclusão da Operação a CVC Corp passa a deter todo o capital de todas as empresas da Ola que operam em solo argentino.

Segundo o comunicado da CVC, a aquisição deve aumentar a presença da CVC em um “relevante mercado latino-americano” e avançar na integração com as demais empresas, buscando “importantes sinergias e fortalecimento da operação”.

“A Argentina é um mercado-chave para a CVC Corp, com papel central em sua estratégia de se posicionar para melhor captura dos ganhos decorrentes da retomada do setor de turismo. No primeiro semestre do ano, operações neste país representaram 14,8% da Receita Líquida da CVC Corp”, diz o documento.

As ações da CVC sobem 4,2% na bolsa de valores hoje, ficando entre as maiores altas da bolsa no início do pregão.

Destaques do Ibovespa

As principais altas no Ibovespa, por volta das 10h40 são:

No mesmo horário, as principais quedas no Ibovespa eram:

Principais índices

Bolsas mundiais

Veja o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do índice Ibovespa:

Última cotação do Ibovespa

No fechamento do pregão de sexta (29) o Ibovespa fechou em queda de 2,09%, a 103.501 pontos, o menor patamar da bolsa desde novembro de 2020.

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Eduardo Vargas

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