Dólar é negociado a R$ 5,64 com temor fiscal e exterior negativo à espera do Fed

O dólar tem queda nesta última sexta-feira  de outubro e de disputa técnica da Ptax no mercado de câmbio durante a manhã. O mercado sustenta correção de alta diante da cautela fiscal e com o avanço da moeda americana e dos Treasuries no exterior, que ontem já subiram em todos os vencimentos.

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Às 10h20, o dólar à vista tinha queda de 0,37%, a R$ 5,62. O dólar para dezembro, mais negociado a partir de hoje, ganhava 0,04%, a R$ 5,67. É devido ao fechamento da PTAX que o mercado de dólar fica mais volátil no último dia do mês. pois os agentes financeiros entram em uma “disputa” para que as cotações favoreçam suas posições. Ou seja, as companhias e fundos fazem transações durante o dia para impactar a moeda de uma forma que seja favorável a seus negócios.

Os investidores já se posicionam para a semana que vem, com previsão da votação da PEC dos Precatórios na Câmara na quarta-feira (3) e divulgação da ata do Copom no mesmo dia, pós feriado nacional pelo Dia de Finados, além da greve dos caminhoneiros confirmada para segunda-feira. Lá fora, os ajustes precificam expectativas do anúncio de início da redução de estímulos nos EUA na reunião do Federal Reserve na próxima semana.

O foco na área fiscal, agora, é na possibilidade de o governo prorrogar o auxílio emergencial ou reeditar o estado de calamidade e usar crédito extraordinário, fora do teto, para financiar o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2022, tendo em vista as dificuldades para aprovação da PEC dos Precatórios. Após vários adiamentos na Câmara por falta de quórum, uma nova tentativa de votação da proposta está prevista para a próxima quarta-feira.

Lá fora, os juros dos bônus públicos europeus seguem em trajetória ascendente nesta manhã, após a alta de ontem, em meio a relatos de que investidores precificam a primeira alta de juros do Banco Central Europeu (BCE) em julho de 2022. Ontem, no entanto, a presidente da instituição, Christine Largade, alertou que as expectativas do mercado para aperto monetária não estão alinhadas com o “forward guidance” apresentando pelo Banco.

De modo geral, investidores seguem avaliando os riscos de uma maior persistência do ambiente inflacionário sobre a atuação dos bancos centrais e a atividade econômica nas economias desenvolvidas.

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Nos Estados Unidos o mercado aguarda a divulgação do deflator do PCE – a medida de inflação preferida pelo Banco Central dos EUA (Federal Reserve — Fed).

“De maneira geral, o mercado parece estar precificando uma ação mais contundente do Fed no curto prazo, com taxas curtas abrindo, ao mesmo tempo em que o fechamento dos vértices mais longos pode estar apontando para um menor otimismo com relação ao crescimento econômico no médio-longo prazo”, analisou o relatório da Guide Investimentos.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira (28), o dólar fechou em alta de 1,26%, negociado a R$ 5,62.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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