Dólar fecha em alta de 0,32%, acompanhando prévia da inflação e à espera da decisão do Copom

O dólar encerrou as negociações desta terça-feira (26) em alta de 0,32%, frente ao real, valendo R$ 5,573 na venda.

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O dólar hoje ficou de olho na alta de 1,20% do IPCA-15 de outubro. O desempenho do indicador foi acima da mediana esperada pelos economistas do mercado (1,00%) e no maior patamar desde fevereiro de 2016 (1,42%). No ano, a prévia da inflação acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, a soma de registros do IPCA-15 chega a 10,34%.

Além disso, o mercado seguiu de olho na nova Selic, que deve ser anunciada amanhã (27). Segundo projeções de seis casas consultadas pelo Suno Notícias, o Copom elevará a taxa Selic em até 1,5 ponto percentual, acelerando o ciclo de alta vigente.

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O mercado está ansioso, pois com a mesma velocidade que o Comitê de Política Monetária (Copom) levou a taxa básica de juros da economia para a mínima histórica, deve utilizá-la como ferramenta de política monetária para acompanhar as estimativas do mercado.

Movimentação do dólar hoje

No início do dia, o dólar americano operava com volatilidade. Os ajustes precificavam a desvalorização predominante no exterior e o impacto da aceleração da inflação no Brasil.

O decorrer da sessão, a divisa norte-americana desacelerou seus ganhos, enquanto os investidores continuavam de olho nos indicadores econômicos do Brasil.

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A aceleração da prévia da inflação oficial do País ampliou a cautela em ambiente de incerteza fiscal, e também as expectativas de que o Banco Central pode ser mais agressivo na decisão de juros amanhã. Os investidores já apostam em alta até 200 pontos-base na Selic, mas a maioria espera elevação de pelo menos 125 a 150 pontos-base.

Notícias que movimentaram o dólar

Além disso, veja algumas notícias que movimentaram o dólar durante a sessão de hoje:

  • Recuperação econômica é refletida em arrecadação recorde, diz Receita Federal
  • Começa a reunião de Análise de Conjuntura do Copom
  • Prévia da inflação fica em 1,20% em outubro

Receita Federal: arrecadação recorde

O secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, repetiu nesta terça-feira que a recuperação da economia vem se refletindo na arrecadação em todos os meses, desde agosto de 2020.

“Desde aquele mês, os resultados da arrecadação têm surpreendido positivamente e superado as previsões de mercado seguidamente. Esse desempenho comprova novamente que a recuperação da economia tem apresentado uma performance sustentável e com importante componente estrutural”, avaliou o secretário da Receita Federal.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 149,102 bilhões em setembro, novo recorde para o mês. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 12,87% na comparação com setembro do ano passado.

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No acumulado do ano até setembro, a arrecadação federal somou R$ 1,348 trilhão, também o maior volume para o período da série iniciada em 1995. O montante ainda representa um avanço real de 22,30% na comparação com os primeiros nove meses de 2020.

Copom: começa reunião no BC antes da definição do novo patamar da Selic

Começou hoje às 14h40 (de Brasília) a reunião de Análise de Conjuntura do Copom do Banco Central. Participam do encontro desta semana o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e os outros oito diretores da instituição.

Pela manhã, eles já participaram da reunião de Análise de Mercado. Na quarta-feira (27), o colegiado volta a ter uma rodada de discussões para definir o novo patamar da Selic  atualmente em 6,25% ao ano.

De 43 instituições ouvidas na segunda-feira pelo Projeções Broadcast, 18 esperavam alta de 1,50 ponto porcentual, para 7,75%, outras 18 de 1,25 ponto, para 7,50%, e sete ainda acreditavam em aumento de 1,00 ponto, passo adotado em setembro, para 7,25%.

Mas, diante do IPCA-15 de outubro acima do esperado, algumas casas já estão mudando de novo suas apostas, para um patamar mais elevado.

Prévia da inflação: maior variação para um mês de outubro desde 1995

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,20% em outubro, 0,06 ponto percentual (pp) acima da taxa de setembro (1,14%). Trata-se da maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).

O IPCA-15, divulgado  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é uma prévia da inflação oficial do país, o IPCA.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, acima dos 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%.

Com o maior impacto individual (0,19 pp) no mês de outubro, a energia elétrica (3,91%) foi destaque no grupo habitação (1,87%). Segundo o IBGE, a alta decorre, em grande medida, da vigência da bandeira tarifária escassez hídrica, em todo o período de referência do índice, com acréscimo de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, o mais alto entre todas as bandeiras.

Cotação do dólar nesta segunda (25)

Na última sessão, segunda-feira (25), o dólar encerrou o pregão em queda de 1,27%, negociado a R$ 5,55.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Laura Moutinho

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