Preço da gasolina está 7% defasado e do diesel, 9%, diz associação de combustíveis
Mesmo com sucessivos aumentos no preço da gasolina e do diesel pela Petrobras (PETR4), os valores continuam defasados em relação aos preços praticados no mercado internacional, informa o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo.
Em entrevista ao Broadcast, o executivo afirmou que o preço da gasolina está 7% mais barato no mercado interno do que no exterior. Já a defasagem do preço do diesel é de 9%.
Para equiparar os preços, a Petrobras teria que elevar o valor do livro da gasolina em R$ 0,37 e em R$ 0,47 para o litro do diesel. Entretanto, a petroleira informou hoje que a partir de terça (26) o preço dos combustíveis terá um reajuste de R$ 0,21/l na gasolina e R$ 0,28/l, pela ordem no diesel, abaixo do necessário para igualar os valores à paridade internacional.
Na prática, os aumentos no preço da gasolina e do diesel foram de 7% e 9,2% respectivamente, com os combustíveis passando a custar R$ 3,19 e R$ 3,34 por litro, na sequência.
Nos postos de abastecimento esses valores são acrescidos dos impostos e das margens de lucro da Petrobras, distribuidores e revendedores. Ainda pesa no preço final as misturas de etanol, no caso da gasolina (27%), e do biodiesel no diesel (10%).
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Aumento na demanda por gasolina
Em comunicado, a Petrobras disse na semana passada que as distribuidoras encomendaram mais combustíveis para novembro do que de costume, e que a companhia não teve tempo de se preparar para esse incremento, o que deveria ser feito pelos importadores.
Segundo a Petrobras, comparado com novembro de 2019, a demanda por diesel aumentou 20% e a de gasolina, 10%.
Para Araújo, os importadores podem se programar para atender essa demanda extra, mas para isso precisa que a Petrobras informe a real situação do mercado. Para novembro, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já garantiu o abastecimento.
A dúvida agora é dezembro, segundo o presidente da Abicom. “Se a Petrobras comunicar para as distribuidoras quais serão os volumes disponibilizados por suas refinarias para o mês de dezembro com antecedência, será possível realizar importações para garantir o abastecimento do mercado”, afirmou.
Caso a demanda por combustíveis seja maior do que a oferta, o preço da gasolina e do diesel pode sofrer novos aumentos, além do acumulado segundo a paridade internacional.
Com informações de Estadão Conteúdo.