Na contramão, Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) disparam no Ibovespa com alta do dólar
Destoando completamente do cenário de queda generalizada do Ibovespa nesta sexta-feira (22), as ações de Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) apresentam as maiores altas do índice de ações da B3 (B3SA3).
Às 11:35, as ações da Suzano subiam 7,32%, sendo negociadas a R$ 52,80. Já os papéis da Klabin valorizavam 3,87% no mesmo horário, valendo R$ 23,36.
De acordo com Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo, favorece a compra de ações dessas empresas o movimento de alta do dólar. Isso porque, grande parte da renda dessas companhias estão expostas à moeda norte-americana.
Às 11:40, o dólar comercial subia 0,95%, cotado a R$ 5,722 na venda. Na máxima intradia, a moeda chegou a R$ 5,729.
“Como essas empresas se beneficiam da alta do dólar, os investidores correm para esses ativos. A gente vê aí em destaque do setor de papel e celulose, mas também outras companhias como Vale (VALE3) e Bradespar (BRAP4) que ganham com o movimento do dólar”, diz Madruga.
Felipe Vella, analista técnico da Ativa Investimentos, também destaca que, num dia de aversão ao risco como o de hoje, o investidor tem duas opções: tirar o capital de renda fixa e colocar em renda variável ou diversificar mais seu portfólio com ações defensivas, como papéis de exportadoras.
Junto com Suzano e Klabin, Vale subia 1,54%, no mesmo horário, e Bradespar, 1,46%, cotadas a R$ 76,32 e R$ 51,38, respectivamente.
“Essas empresas expostas ao dólar costumam protagonizar com um movimento bastante interessante quando o mercado como um todo entra em risk off”, diz Vella.
O analista ainda destaca que o movimento das exportadoras não tem relação com o noticiário específico dessas companhias e sim com o fato delas terem exposição maior ao dólar.
Já o Ibovespa, desde a abertura negativa em 0,40% só ampliou as perdas do dia, chegando a -4,11%, às 11:40, renovando a mínima intradia em 103.228 pontos.