Secretário de Petróleo do MME pede demissão após anúncio do ‘auxílio diesel’

Após o polêmico anúncio do “auxílio diesel“, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Ferreira Coelho, pediu exoneração e seguirá para a iniciativa privada, informou a pasta nesta quinta-feira (21).

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Não houve informação sobre as razões da demissão e nem sobre quem o substituirá. Ferreira Coelho deixa o cargo após o presidente da República, Jair Bolsonaro, dizer que pagará um “auxílio diesel” — benefício a 750 mil caminhoneiros para compensar aumento da cotação do combustível. O valor do cheque seria de R$ 400.

O preço dos derivados tem sido motivo de tensão no governo federal, em meio a questionamento de caminhoneiros em relação ao custo do diesel e reflexos nos índices de inflação do País.

Mauro Coelho estava no cargo desde abril de 2020. Antes, trabalhou na Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal do governo responsável pelo planejamento do setor elétrico.

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“Após cerca de 14 anos no serviço público, dos quais quatro como Diretor de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e um ano e meio como Secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Ferreira Coelho deixa o serviço público”, informou o MME.

Segundo a pasta, após o período regulamentar de quarentena, José Mauro retornará ao setor energético nacional para atuar na iniciativa privada.

Auxílio diesel eleva risco fiscal e assola Ibovespa

O anúncio do “auxílio diesel” piorou a percepção de risco do mercado financeiro, em meio às incertezas em torno da fonte dos recursos a serem utilizados para pagar o Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família.

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O anúncio foi feito depois da frente parlamentar dos caminhoneiros avisar sobre a decisão de entrar em greve contra o preço dos combustíveis, pressionando o governo com prazo para solucionar situação até 1º de novembro.

O litro do diesel S-10, com menor teor de enxofre, alcançou em outubro maior preço médio mensal real (descontada a inflação) da última década, sendo vendido a R$ 5,033. Os dados são do Monitor dos Preços dos Combustíveis, lançado dia 5 pelo Observatório Social da Petrobras (OSP). Esse valor está 23% acima da média da série histórica, iniciada em 2012, quando a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passou a contabilizar os preços do S-10.

A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros disse não ter sido informada sobre o “auxílio diesel“. “Não queremos nenhum tipo de auxílio-esmola, queremos solução da pauta da categoria”, declarou Nereu Crispim, um dos líderes da Frente.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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Arthur Guimarães

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