‘Ninguém está furando teto, não’, afirma Bolsonaro após proposta que estoura o teto de gastos

Em defesa do programa do Auxílio Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou a possível irresponsabilidade fiscal do Planalto. Ninguém está furando o teto, não”, afirmou em cerimônia de inauguração de obra do Projeto de Integração do Rio São Francisco, no interior da Paraíba.

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O teto tem sido o motivo de derrocada do Ibovespa nos últimos dias, com possibilidade de ser estourado com a proposta de pagar o valor médio de R$ 400 aos beneficiários do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda que deve substituir o Bolsa Família.

Nesta quarta (20), Paulo Guedes admitiu a necessidade de uma “licença para gastar” pelo menos R$ 30 bilhões acima do teto para bancar o benefício, o que provocou forte reação do mercado, com alta do dólar e queda na Bolsa.

O chefe do Executivo atribuiu o desenho da proposta a uma suposta sensibilidade do governo em relação aos mais pobres.

Lembrando que o auxílio emergencial está perto do fim, o presidente disse se preocupar com o fato de o valor médio do Bolsa Família ser de R$ 192.

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“Muita gente ganha o tíquete de R$ 40, R$ 50, R$ 60. Decidimos passar para o mínimo de R$ 400, tudo isso com responsabilidade”, afirmou. “Até hoje nos acusam de insensibilidade, mas nós gastamos com o auxílio emergencial do ano passado o equivalente a 13 anos do Bolsa Família”, completou.

Além do teto, Bolsonaro fala sobre inflação e sobre menores danos no pós pandemia

O presidente admitiu que o País passa por um momento difícil na Economia, mas afirmou que, em comparação com o resto do mundo, o Brasil é o que menos sofre no “pós-pandemia”. Este suposto bom desempenho, segundo ele, se deve à sua resistência à adoção de lockdown e medidas restritivas. “Talvez eu tenha sido o único chefe do mundo que assumiu uma posição. Não fiquei do lado mais cômodo, mais fácil, apoiando lockdown e deixando a economia para depois.”

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Além do comentário sobre o teto, Bolsonaro também rebateu críticas sobre os efeitos da inflação, colocando na conta dos governadores o aumento dos preços dos combustíveis e alimentos. “Desde quando assumi meu governo, o valor nominal do imposto federal tem se mantido inalterado. Sei do preço dos combustíveis, do gás, dos alimentos. O pessoal reclama com razão, mas, por favor, veja quem está metendo a mão no seu bolso, se é o governo federal ou estadual.”

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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