Ministério da Agricultura suspende produção de carne para China

O Ministério da Agricultura determinou, em um ofício circular, que os frigoríficos que importam carne bovina para a China suspendam suas produções para o país asiático.

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Segundo o jornal o Globo, a medida de suspensão de produção da carne foi tomada quando a paralisação das exportações brasileiras de carne à China completou 45 dias. A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, planeja uma viagem a Pequim para destravar o bloqueio às importações chinesas do produto brasileiro.

O Planalto optou pela suspensão após demora das autoridades da China em autorizar compras de carne dos frigoríficos – considerando que a compra de proteína entrou em suspensão após o início de setembro, quando casos da vaca louca foram identificados em Minas Gerais e Mato Grosso.

A medida mais recente do governo brasileiro deve vigorar por 60 dias, também autorizado estabelecimentos que processa carne bovina a estocarem contêineres refrigerados com carne produzida antes da suspensão.

Com a suspensão,  esses estabelecimentos deverão dispor de estrutura adequada que permita o funcionamento contínuo dos equipamentos de frio dos contêineres além de realizar um monitoramento frequente e diário de seu funcionamento e temperatura interna, como parte de seus autocontroles.

Além disso, como modo de tornar vigorosa a fiscalização, o SIF exige relatórios que citem a quantidade de contêineres com localização e as informações de controle de temperatura. O órgão deve solicitar o documento esporadicamente.

O ofício foi entregue aos chefes dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal, à Coordenação-Geral de Inspeção e à Coordenação-Geral de Controle e Avaliação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

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“Autorizar, temporariamente, pelo período de 60 dias, que os estabelecimentos fabricantes e processadores de carne bovina habilitados a exportar para a China realizem a estocagem de produtos bovinos congelados, fabricados anteriormente à suspensão da certificação sanitária internacional de produtos para a China em 4/9/2021 com destino a esse mercado, em contêineres dotados de equipamentos geradores de frio, nos pátios internos de estabelecimentos habilitados à exportação para China”, diz o documento.

Apesar da suspensão, exportação de carne segue em alta

Apesar da suspensão, em setembro, os patamares de exportação de carne seguem em alta. Segundo relatório do BB Investimentos, assinado pelas analistas CNPI, Mary Silva e Melina Constantino, os casos do “mal da vaca louca” causaram paralizações de exportações à China, mas mesmo assim os números de setembro mostram que a demanda segue aquecida e o dólar em alta continua favorecendo exportações.

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“Em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre Brasil e China, o maior comprador de carne bovina brasileira, as exportações ao país asiático ficaram suspensas temporariamente a partir do dia quatro de setembro e, até o momento, cerca de um mês após a suspensão, a China ainda não reabilitou as compras vindas do Brasil. Mesmo assim, de acordo com os dados da Secex, as exportações de carne bovina brasileira em setembro atingiram novos recordes, com crescimento de 31,4% ano a ano no volume e alta de 41,4% ano a ano no preço em dólar por tonelada/toneladas”, consta no relatório

Maiores altas do Ibovespa em setembro:

“A espera pela retomada das exportações de carne para a China deve permanecer no radar do mercado nas próximas semanas. A demanda pela proteína brasileira continua aquecida no mercado externo e o dólar segue em patamar favorável”, conclui.

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Eduardo Vargas

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