Raízen (RAIZ4): BofA lista 5 motivos para comprar ações e prevê valorização de 71%

O Bank of America (BoFa) reiterou em relatório sua recomendação de compra para as ações da Raízen (RAIZ4) com preço-alvo de R$ 12 por papel – contra cotação atual de R$ 7,10.

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No documento, o BofA elencou cinco motivos para compra das ações da Raízen, ressaltando que os analistas do banco veem uma possibilidade de ganho de 71%, apesar dos rumores sobre uma mistura de etanol no Brasil.

Além disso, o relatório sobre a Raízen enfatiza que, enquanto os preços das commodities sobem, a empresa continua entregando novos projetos em Etanol 2G (E2G, ou etanol de segunda geração), biogás e energia.

A Raízen combina um forte desempenho operacional, com uma perspectiva de last trade em biocombustíveis com uma avaliação atraente e possibilidade de alta”, afirmam os analistas Guilherme Palhares e Isabella Simonato.

Veja os cinco motivos para comprar ações da Raízen:

Rally das commodities

No primeiro ponto, os analistas lembram que os preços do açúcar e do etanol subiram 18% e 11% em reais, o que pode resultar numa de alta para as estimativas do ano fiscal de 2023 (principalmente do lado do etanol).

“Para uma mudança de 10% em nossas premissas de preço de açúcar e etanol, nosso EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) muda em 8% (assumindo que não há hedge de açúcar). Estimamos que a Raízen tenha 40% de seu volume total de açúcar ‘protegido’ para 2022/23″, dizem os analistas do BofA.

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Contratos E2G

O BofA analisa como favorável o projeto E2G da companhia, que vem superando as expectativas nos projetos de etanol de segunda geração.

Desde o mês de junho, a Raízen anunciou a construção de uma nova planta de 82 milhões de litros de E2G para começar a operar em 2023, além de dois novos contratos no valor de 460 milhões de litros em 9 anos, com preços que ficam acima de €750 por metro cúbico.

O documento também frisa que a empresa anunciou a venda de biometano para a Yara Fertilizantes pelo período de 5 anos e uma joint venture com o Grupo Gera no setor de energia – passando a atuar na geração, desenvolvimento e soluções para clientes

Melhora no resultado financeiro

De olho nos números do balanço da companhia, os analistas veem como promissor o desempenho operacional, com a prévia do primeiro trimestre de 2022 destacando uma “melhoria contínua do desempenho”.

“O TCH (cana total por hectare) atingiu a média de 73 no trimestre, queda de 4% ao ano, ao passo que a queda da São Martinho foi de 15%”, consta no relatório.

“Acreditamos que a Raízen ainda tenha muito espaço para melhorar os rendimentos, e a empresa está rumando na direção correta. Na distribuição de combustíveis, a empresa teve um desempenho mais resiliente que seus pares no trimestre, dado o sólido relacionamento com revendedores, mix de clientes e combustível e estratégia de sourcing”, acrescentam Simonato e Palhares.

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‘Holding estratégica’

Os analistas também citam que a companhia é uma “holding estratégica de biocombustíveis”, já que os renováveis figuram como a maior divisão da Raízen, correspondendo a cerca de 40% do EBITDA ajustado previsto para o primeiro trimestre de 2022.

“Nos próximos 10 anos, metade do crescimento do EBITDA da empresa deve vir dos biocombustíveis. Nossa equipe temática global selecionou a Raízen como uma das 26 empresas globais a se beneficiar da COP26”.

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Valuation atraente

Alfim, a cotação atual da Raízen demonstra que a oportunidade é boa, dizem os analistas. A companhia estreou seus papéis na bolsa no início de agosto com preço fechando em cerca de R$ 7 nos seus primeiros pregões – ou seja, no mesmo patamar da cotação atual. O “fundo” das ações da empresa foi no dia 10 de setembro, quando a cotação de fechamento foi de R$ 6,50.

“Vemos várias oportunidades de crescimento que impulsionam um crescimento anualizado de 10%, além de projetos de médio prazo que podem mais do que dobrar o EBITDA em uma década”, projeta o relatório. Para os analistas, mesmo em um cenário ruim, ainda há possibilidade de uma alta de 42% nos papéis da Raízen.

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Eduardo Vargas

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