Câmara dos EUA aprova aumento do teto da dívida até dezembro

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na terça-feira (12) uma lei para aumentar o teto da dívida do país. O impasse era o último obstáculo legislativo para evitar um calote nacional que, sem a medida legal, deveria ocorrer na próxima semana.

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Aprovado pelo Senado na semana passada, o projeto de aumento do teto da dívida dos EUA vai agora para a mesa do presidente Joe Biden, que deve assinar e promulgar a nova lei nesta quarta-feira (13).

A legislação é o resultado de um acordo entre os democratas e o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell. O texto prevê o aumento do teto da dívida em US$ 480 bilhões. O endividamento americano atual está na ordem de US$ 28,4 trilhões e poderia aumentar para cerca de US $ 28,8 trilhões.

Embora se espere que o presidente assine o projeto de lei, não fazê-lo resultaria em calamidade econômica até 18 de outubro, advertiu a secretária do Tesouro Americano, Janet Yellen. Isso porque, sem a medida, Yellen afirma que “esperaria plenamente” uma recessão nos EUA já para outubro, visto que o governo ficaria sem meios de pagar suas contas, o que desencadearia um calote sem precedentes.

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As suspensões ou prorrogações do teto da dívida dos Estados Unidos não autorizam novos gastos do governo, mas permitem que o Departamento do Tesouro pague as verbas já aprovadas pelo Congresso.

Espera-se que a extensão do limite da dívida permita ao governo cobrir suas despesas pelo menos até 3 de dezembro, disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, durante uma entrevista coletiva na manhã de terça-feira.

Mercado dos EUA em clima de aversão ao risco

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Os principais índices da bolsa de valores dos Estados Unidos fecharam em queda na terça-feira (12). Indicativos de desaceleração da economia e o risco de escalada inflacionária no país preocupam investidores.

  • Dow Jones fechou em baixa de 0,34%, aos 34.378,34 pontos,
  • S&P 500 recuou 0,24%, aos 4.350,65 pontos, e
  • Nasdaq acumulou perda de 0,14%, aos 14.465,92 pontos.

Além disso, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo a sua previsão de crescimento da atividade dos EUA em 2021, de alta de 7% a avanço de 6%.

A entidade multilateral, no entanto, elevou a projeção de crescimento para 2022 nos EUA, de 4,9% a 5,2%.

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Monique Lima

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