Dólar se aproxima de R$ 5,50 com exterior forte e incertezas locais

O mercado de câmbio amplia a demanda defensiva, levando o dólar a novas máximas nesta terça-feira (05). A moeda norte-americana abriu em queda, mas voltou a subir com força e acelera os ganhos frente ao real nesta tarde.

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O dólar comercial subiu até R$ 5,4722 (0,47%), às 14:25, na esteira do dólar futuro para novembro, a R$ 5,4935 (alta de 0,29%).

O economista Alexandre Almeida, da CM Capital Markets, atribui a aceleração do ganho frente ao real à influência do exterior, com o dólar subindo em âmbito global e ganhando força com os PMIs de serviços nos EUA melhores que o esperado.

O PMI do setor de serviços, em setembro, ficou em 54,9 pontos frente a projeção de 54,4 do mercado. Os números reforçam os sinais de recuperação da atividade no país, aumentando expectativas pelo início da retirada de estímulos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em novembro.

Também dá forças a alta do dólar, segundo Almeida, a fala do presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, que afirmou hoje que está “confortável em pensar que os preços elevados irão diminuir”. Durante entrevista à CNBC, o dirigente disse que isso deve ocorrer conforme são resolvidos problemas na cadeia de suprimentos. Ainda assim, essa solução pode “demorar um pouco mais do que esperávamos”, ele afirma.

Evans também repetiu sua avaliação de que o início da redução nas compras de títulos americanos (“tapering“) pode vir “em breve”.

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O índice DXY, que compara o dólar a outras seis divisas, subia 0,17%, às 14:25 desta terçaa-feira, somando 93,94 mil pontos.

Cenário interno que fortalece o dólar

Do lado interno, Almeida comenta que o problema fiscal segue no foco e há muita dúvida em meio das discussões sobre preços de combustíveis. Ontem, a Opep+ decidiu manter o acordo de elevar a produção do petróleo em apenas 400 mil barris por dia, o que limita a oferta e encarece a compra da commodity.

Na prática, pode significar mais pressão nos preços dos combustíveis, entre outros produtos derivados. Por isso, o espaço para a queda do dólar ante o real é bem limitado, diz o economista da CM Capital Markets.

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Há pouco, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, falou sobre a reforma do Imposto de Renda que tramita na Casa. “Não podemos colocar no colo do congresso condição para apelo eleitoral”, afirmou Pacheco.

Com isso, os embates políticos a respeito do aumento do Bolsa Família, reforma tributária, PEC dos precatórios, entre outros temas fiscais continuam sem solução.

Última cotação do dólar

dólar encerrou as negociações na última segunda-feira (4) em alta de 1,44% frente ao real, valendo R$ 5,44 na venda.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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