Pix: Para aumentar segurança, Banco Central irá combater ‘contas laranja’

O Banco Central (BC) está realizando um esforço para combater as chamadas ‘contas laranjas’, utilizadas com frequência para golpes no Pix – que agora sofre com restrições após aumento de crimes usando a ferramenta.

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O anúncio da ação do Banco Central se deu em fala do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, nesta segunda-feira (4), em meio a ações recentes para aumentar a segurança do sistema de pagamento instantâneo. Agora, vale frisar, o Pix tem limite R$ 1 mil nas transações das 20h às 6h.

“A gente está forçando, incentivando, a identificação desse tipo de contas e o cancelamento mais rapidamente”, disse Campos Neto durante palestra na Associação Comercial de São Paulo.

O presidente do Banco Central explicou que no caso de fraude ou até sequestro, os criminosos precisam de uma conta bancária sem os próprios dados pessoais para movimentar recursos.

Daí a importância em identificar e fechar essas contas. “A gente precisa atacar esse movimento de conta laranja. Precisa que os bancos se sintam muito responsáveis quando alguma conta laranja no sistema deles é usada para algum ato ilícito”, acrescentou Campos Neto.

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Sem essa possibilidade de receber o dinheiro, o presidente do BC acredita que os criminosos devem desistir de praticar esse tipo de ilegalidade pelo Pix. “No final das contas, se eu não tenho como pegar o dinheiro em espécie em nenhum momento eu tenho uma diminuição da criminalidade relacionado a isso”, destacou.

Restrição noturna

Outra medida que entrou em vigor nesta segunda (4), limita em R$ 1 mil as transferências e pagamentos de pessoas físicas entre as 20h e as 6h. As contas de pessoas jurídicas não foram afetadas pela nova regra.

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A restrição vale tanto para transações via Pix, sistema de pagamento instantâneo, quanto para outros meios de pagamento, como transferências intrabancárias, via Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC), pagamentos de boletos e compras com cartões de débitos.

O cliente poderá alterar os limites das transações por meio dos canais de atendimento eletrônico das instituições financeiras. No entanto, os aumentos serão efetivados de 24 horas a 48 horas após o pedido.

Segurança do Pix

Campos defendeu a segurança do sistema instantâneo de pagamento, apesar do surgimento de novas modalidades de fraudes.

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“ A criminalidade é um tema de segurança pública. A gente nunca vai reduzir a criminalidade a zero. Qualquer instrumento de pagamento que você tiver, quando a criminalidade for alta, vai ser em parte responsabilizado pela criminalidade, quando ele só é o veículo”, destacou.

Para o presidente do BC, a flexibilidade do sistema facilita o combate às fraudes e outros crimes. “A gente entende que o PIX é mais maleável porque a gente consegue mudar e adaptar coisas mais rapidamente”, enfatizou.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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