Vale (VALE3) paralisa atividades em mina no Pará, após ter licença suspensa
A Vale (VALE3) teve que paralisar as operações na mina Onça Puma, no Pará, após ser notificada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS) da suspenção de sua licença por descumprimento das condições de autorização.
A Vale diz em comunicado ao mercado que está em contato com a Semas “para entender os fundamentos técnicos e jurídicos da determinação” e julga improcedente a ordem de suspensão das operações, de modo que está “tomando as providências administrativas e judiciais cabíveis”.
A mineradora afirma ainda que está avaliando os impactos diretos com a paralisação da mina Onça Puma, “aos quais se somarão os prováveis prejuízos daqueles que formam toda a cadeia de produção na qual se insere a atividade”, diz documento.
Segundo a Folha de S. Paulo, a suspensão da Semas decorre do não cumprimento de condições especificadas na licença, relativas à disponibilidade de estrutura de fibra ótica nos municípios de Ourilândia do Norte, Tucumã, Água Azul do Norte, Parauapebas e São Félix do Xingu, bem como à implantação de unidade de saúde na região.
Vale volta a operar parcialmente no Complexo de Mariana
No final de setembro, a Vale foi autorizada a operar parcialmente no Complexo de Mariana, próximo à barragem Xingu. A Secretaria Regional do Trabalho (SRT) expediu a suspensão parcial da interdição no local, para permitir a operação regular da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) no Ramal Fábrica Nova.
A desinterdição parcial permite o acesso à ponte rodoviária sobre o Rio Piracicaba e ficam também liberados os acessos internos entre a mina de Timbopeba e a mina de Alegria, conforme informações da Vale.
A mineradora explica, em comunicado ao mercado, que durante o período de interdição a produção da usina de Timbopeba foi escoada por trem não tripulado.
Continuam suspensos o acesso de trabalhadores e a circulação de veículos na zona da inundação da barragem Xingu, sendo permitido apenas, “mediante rigoroso protocolo de segurança”, o ingresso de pessoas que trabalham nas atividades de estabilização da estrutura, de acordo com a nota da Vale.
A barragem Xingu permanece em nível 2 do plano de ação de emergência de barragens de mineração da Vale, que indica que não há risco iminente de ruptura, seguindo inalteradas as condições de segurança da estrutura.
Última cotação
Às 12h desta segunda, a cotação da Vale apresentava alta de 0,54% no Ibovespa, com as ações VALE3 sendo negociadas a R$ 76,64.
Nos últimos 12 meses, os papéis da Vale acumulam valorização de 51,17%, valendo R$ 107,00 na máxima e R$ 49,53 na mínima.
Com informações de Estadão Conteúdo.