Dólar sobe com exterior, inflação e Campos Neto no radar
O dólar opera em alta moderada nesta segunda-feira (4), após quedas na sexta-feira, dia 1º. O investidores olham o avanço dos retornos dos Treasuries e a desaceleração da alta do dólar ante alguns pares emergentes do real, como os pesos mexicano e chileno, rublo e rand sul africano.
Às 10h30, o dólar hoje subia 0,93%, a R$ 5,40. O câmbio para novembro ganhava 0,46%, a R$ 5,4095.
Ainda assim, pesa à alta do dólar ante o real o cenário de cautela no exterior e com a notícias sobre os “jabutis” da MP da Crise Hídrica, que poderiam trazer maior pressão inflacionária, além de aumento da projeção do mercado financeiro na pesquisa Focus para a inflação em 2021, que se distancia ainda mais do teto da meta perseguida pelo Banco Central (BC).
Estão no radar ainda as denúncias de que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, possuem dinheiro fora do País em paraísos fiscais. Campos Neto fala em dois eventos abertos à imprensa hoje, às 10h e às 16h30.
Mas, a ampliação das perdas do índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas principais no exterior em meio ao fortalecimento do euro, apoiou mais cedo uma desaceleração do dólar ante o real.
Na agenda do dia, o Banco Central realiza leilão de US$ 700 milhões de swap cambial tradicional para “overhedge”, às 10h30, e de outros US$ 750 milhões de swap em rolagem, às 11h30.
Já o Boletim Focus não trouxe alterações para o cenário do dólar em 2021. A mediana das expectativas para o dólar no fim de período continuou em R$ 5,20, ante R$ 5,17 de um mês atrás.
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (1), o dólar fechou em queda de 1,42%, negociado a R$ 5,36.
(Com informações do Estadão Conteúdo)