Rafael Rios

A nova fronteira dos investimentos alternativos e seu impacto na economia real

investimentos alternativos provocaram uma revolução na forma como os empreendedores acessam o mercado de capitais

Para ter renda consistente e acima da média em momentos tão conturbados, é preciso ir além do convencional e resgatar o real sentido de “fazer o dinheiro trabalhar”.

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Isso requer colocar recursos nas mãos de quem sabe fazer e total capacidade de entregar resultados sólidos para os investidores.

De fato, os investimentos alternativos provocaram uma revolução na forma como os empreendedores acessam o mercado de capitais e os investidores escolhem opções mais sofisticadas de investimento na economia real, seja financiando ou se tornando sócios de projetos que prometem retornos de até 25% ao ano.

Os investimentos alternativos formam uma classe de ativos que não se encaixam nas categorias convencionais a que estamos acostumados, como títulos de renda fixa ou ações. Por isso mesmo, você não encontrará essa inovadora e lucrativa modalidade de investimento em seu banco ou corretora.

E isso se deve ao fato de que os investimentos alternativos estão diretamente ligados a projetos específicos de setores como agronegócio, mercado imobiliário, geração de energia renovável, ativos judiciais, para citar algumas das diversas áreas nas quais é possível investir diretamente e pagamentos recorrentes, seja na modalidade dívida (financiamento) ou equity (participação societária).

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Equity, aliás, é uma palavra muito em voga ultimamente, e a razão é bastante óbvia: os grandes investidores conseguem ter retornos consistentes acima de 10% ao ano participando diretamente de empresas com alto potencial de crescimento, mas ainda não listadas em Bolsa.

Quem não ouviu falar do ousado movimento de Warren Buffett no mercado brasileiro, ao anunciar um aporte de US$1,5 bilhão no Nubank que, em apenas 8 anos, tornou-se o maior banco digital do planeta?

O investimento direto em empresas e projetos da economia de alta qualidade é uma das estratégias mais utilizadas pelos maiores e melhores gestores do mundo e que, até pouco tempo, não estava ao alcance do investidor comum, em razão das características de risco e liquidez desse tipo de operação.

De fato, até 2017, a CVM restringia as operações de private equity e venture capital aos chamados fundos estruturados, que só estão abertos a investidores qualificados, profissionais e institucionais.

Apesar da menor liquidez desse tipo de operação, sua grande vantagem é que os retornos costumam ser muito maiores, com uma volatilidade significativamente inferior, ou seja, os ativos alternativos não oscilam em conjunto com o sobe e desce do mercado.

Essa característica faz com que o investimento na economia real seja ideal para investidores que podem abrir mão da liquidez imediata para buscar uma rentabilidade maior em um horizonte mais longo.

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Com a regulamentação do crowdfunding, qualquer investidor agora pode se unir a outros para colocar de pé projetos do seu interesse, em um mercado totalmente regulado, transparente e seguro.

Com a instrução normativa 588, a CVM instituiu o crowdfunding no Brasil, permitindo que empresas com faturamento de até R$10 milhões pudessem captar recursos para projetos selecionados por plataformas autorizadas.

Um levantamento feito pela própria CVM mostra que houve um salto formidável no volume de recursos diretamente injetados na economia real através do crowdfunding de investimento, saindo de R$ 8.342.924,00, em 2016, para R$ 84.401.300,00, em 2020. (Fonte: CVM)

Possibilidades de investimento via crowdfunding

O crowdfunding, também chamado de investimento participativo ou coletivo, tem como principal característica a liquidez reduzida, já que sua liquidação só costuma ocorrer no prazo previsto em contrato.

Os ativos investidos pertencem à economia real e, portanto, têm baixa ou nenhuma correlação com o mercado financeiro.

Isso significa que, por não estarem listados em Bolsa de Valores, os projetos de crowdfunding não possuem um mercado secundário estabelecido, daí porque não é possível resgatar os recursos antes do cronograma estipulado para cada operação, que pode durar alguns meses ou até várias décadas, como no caso de usinas solares.

Através do crowdfunding, você pode investir em cabeças de gado, empresas de tecnologia, obras de arte, vinhos finos, royalties musicais, empreendimentos imobiliários, redes de franquias, geração de energia renovável, entre muitas outras opções.

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Vantagens do crowdfunding de investimento

Não é à toa que os ativos alternativos costumam ser chamados de ativos geradores de renda, já que oferecem benefícios como:

  • Retorno acima da média de outras classes de ativos;
  • Baixa ou nenhuma correlação com o mercado financeiro;
  • Garantias contratuais robustas e lastro em ativos reais, como bens, equipamentos e cotas societárias;
  • Previsibilidade na distribuição de dividendos;
  • Processo rigoroso de análise e seleção;
  • Mercado regulado e fiscalizado pela CVM.

Essas oportunidades de investimento oferecem maior diversificação e potencial de ganho do que ativos convencionais, já que não sofrem grandes oscilações com o tempo e, por isso, são fundamentais para proteger e rentabilizar portfólios focados em renda.

Quais são os critérios utilizados para selecionar projetos de crowdfunding?

As plataformas de crowdfunding realizam um rigoroso processo de due diligence antes de abrirem as captações aos investidores, levando em consideração aspectos como:

  • Saúde financeira da empresa;
  • Viabilidade econômica do projeto;
  • Idoneidade, realizações e capacidade de execução dos empreendedores;
  • Rentabilidade projetada;
  • Garantias oferecidas.

Para se ter uma ideia de como é rigoroso o processo de seleção, apenas 2% de todas as propostas apresentadas costumam ser aprovadas para captação coletiva.

Tudo isso para dar mais segurança aos investidores e disseminar ainda mais essa modalidade de investimento que gera renda, desenvolvimento e prosperidade em todo o país, especialmente em momentos tão complexos e desafiadores como estamos vivendo.

Espero que este artigo tenha contribuído para mostrar que, saindo dos investimentos convencionais, muitas vezes oferecidos como “produtos de prateleira” aos investidores, é possível buscar uma rentabilidade muito maior e exercer um impacto positivo em toda a cadeia produtiva dos projetos captados.

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Nota

Os textos e opiniões publicados na área de colunistas são de responsabilidade do autor e não representam, necessariamente, a visão do Suno Notícias ou do Grupo Suno.

Rafael Rios

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