Eletrobras (ELET3) vende Norte Brasil Transmissora, da Eletronorte, por R$ 740,3 milhões
A Eletrobras (ELET3) concluiu a venda da Norte Brasil Transmissora de Energia (NBTE), por meio de sua controlada Eletronorte. O valor recebido pela subsidiária foi de R$ 740,38 milhões. As informações foram divulgadas na última quinta-feira (23).
A venda foi feita para a Leovac Participações, da Ontario Teacher’s Pension Plan Board (OTPP). Antes, o valor previsto pela Eletrobras era de R$ 700 milhões, segundo comunicado apresentado ao mercado em julho, considerando a data de 31 de dezembro de 2020.
O negócio foi propiciado após a Leovac comprar as ações da Evoltz Participações, que por sua vende controla 51% da Norte Brasil.
Segundo a Eletrobras, a operação contempla a iniciativa de racionalização das participações societárias da estatal, “nos termos do Plano Diretor de Negócios e Gestão entre 2021-2025″.
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Para privatizar Eletrobras, governo cria a estatal ENBpar
Em continuidade ao plano de privatizar a Eletrobras, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto, em 13 de setembro, para criar uma estatal, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, a ENBpar.
A nova empresa pública será responsável por assumir a Eletronuclear e Itaipu Binacional, que devem seguir sob controle da União após o repasse da Eletrobras para a iniciativa privada.
Segundo a nota da Secretaria-Geral, a criação da estatal, que será organizada sob a forma de sociedade anônima e vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), “viabiliza a desestatização da Eletrobras”.
Recentemente, o presidente da estatal, Rodrigo Limp, afirmou que a previsão é de que a operação seja realizada em fevereiro de 2022, mas não descartou que haja um plano B se algo sair fora do programado.
A criação da empresa pública está prevista na Medida Provisória aprovada pelo Congresso que permite a privatização da Eletrobras.
A legislação exige que a União mantenha sob o controle, direto ou indireto, às empresas, instalações e participações detidas ou gerenciadas pela Eletronuclear e pela Itaipu, mesmo com a privatização da Eletrobras.