Caminhoneiros farão reivindicações sobre preço do diesel e frete mínimo

Entidades que representam caminhoneiros se reuniram no último sábado (18), em Brasília, para discutir uma série de temas em comum. Compareceram lideranças da categoria, incluindo autônomos, celetistas, sindicatos, cooperativas e outros interessados na defesa da agenda.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Planilha-controle-de-gastos.png

O encontro reuniu entidades que frequentemente divergem na convocação de paralisações de caminhoneiros, como a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL).

Em nota divulgada após a reunião, as entidades listaram oito temas que serão alvo de reivindicações, entre elas a política de preços da Petrobras (PETR4) em relação ao diesel e a defesa do preço mínimo de fretes.

A categoria quer assento em uma audiência pública que ainda será realizada com representantes da Petrobras para discutir a política de preços dos combustíveis. Também reivindica a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema.

Sobre o preço mínimo do frete, as entidades decidiram encaminhar, na segunda-feira (20), ofício aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo reuniões para discutir o tema.

A Corte ainda vai julgar ações que questionam a constitucionalidade do tabelamento do frete. A categoria vai pedir que o julgamento aconteça ainda neste trimestre.

Também entraram na pauta do encontro a possibilidade de voto em trânsito dos caminhoneiros, o marco regulatório do transporte rodoviário de cargas, a aposentadoria especial com 25 anos de trabalho e os impactos da BR do Mar (projeto para estimular o transporte hidroviário) no transporte rodoviário.

“Vemos que há necessidade dessa união, e a cada dia que passa surgem pessoas usando o nome da categoria em interesse próprio”, disse o presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como Chorão, antes do encontro.

Greve dos caminhoneiros nacional não está totalmente descartada

Embora a possibilidade de a categoria fazer greve nacional não fosse descartada, a medida ficou de fora dos tópicos listados na nota.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

Segundo os organizadores, o encontro teve mais de 50 lideranças com participação presencial em auditório de um hotel em Brasília e ao menos 60 por videoconferência.

Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, não foram convidadas as lideranças envolvidas em atos a favor do presidente Jair Bolsonaro, que resultaram em bloqueios de estradas na última semana.

A reunião também é vista como uma tentativa dos autônomos de superarem cisões e rachas na categoria que surgiram após a greve de 2018. O encontro é o primeiro de abrangência nacional desde a interrupção das atividades pelos autônomos naquele ano.

Novas reuniões entre os representantes dos caminhoneiros ficaram agendadas para 16 de outubro, no Rio de Janeiro, e 20 de novembro, em Porto Alegre.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno