Petróleo fecha em queda, pressionado pelo avanço do dólar
Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa nesta sexta (17), com a commodity sendo pressionada pelo dólar fortalecido e devolvendo parte dos ganhos recentes. Por sua vez, retorno de parte da produção no Golfo do México, que havia sido afetada por condições climáticas adversas, aumentou a perspectiva para a oferta do petróleo. Ainda assim, a comparação semanal representou ganhos acima de 3% para o barril em Londres e Nova York.
O petróleo WTI para novembro fechou em baixa de 0,76% (US$ 0,55), a US$ 71,82 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro recuou 0,44% (US$ 0,33), a US$ 75,34 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o WTI para outubro subiu 3,23%, o para novembro, agora mais líquido, avançou 3,42% e o Brent, 3,32%.
A razão pela qual os preços do petróleo atingiram tais altas nos últimos dias foram claramente as interrupções no fornecimento e reduções nos estoques, então, agora que a produção dos Estados Unidos “está voltando, o petróleo, conforme o esperado, está mais baixo”, aponta a Rystad Energy. Além disso, o movimento ocorre em um momento de valorização do dólar, o que torna o petróleo, cotado na moeda americana, mais caro para os mercados internacionais, conclui a consultoria.
Por sua vez, na avaliação do TD Securities os preços do Brent estão ameaçando escapar de uma tendência de baixa de uma década, à medida que os mercados de energia enviam mais sinais de aperto no horizonte. As cotações continuam a subir, “refletindo uma mobilidade global mais forte, enquanto as preocupações com a oferta começam a se formar”, aponta.
Possíveis riscos na produção de petróleo
Entre os riscos ao fornecimento que o banco coloca, estão as possíveis interrupções na Líbia, especialmente antes do que deve ser uma temporada eleitoral controversa, e a questão com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). Afinal, embora a Opep+ “planeje aumentar significativamente a produção, os riscos estão ganhando destaque, pois o grupo de não conseguiu manter os aumentos planejados”, conclui.
Na agenda de indicadores, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 10 na semana, a 411, informou hoje a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor.
(Com informações do Estadão Conteúdo)