Bolsas da Ásia fecham em recuperação; Calote de US$ 300 bi da Evergrande no radar

As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta sexta-feira (17), buscando se recuperar de perdas recentes, embora persistam temores em relação à Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês que enfrenta graves problemas financeiros.

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O Nikkei subiu 0,58% em Tóquio nesta sexta-feira, a 30.500,05 pontos, mantendo-se perto dos maiores níveis em três décadas, na expectativa para a iminente saída do primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, cuja popularidade se deteriorou em meio ao aumento de casos de covid-19 no país.

Na China continental, os mercados foram sustentados por ações do setor farmacêutico e de fabricantes de bebidas alcoólicas. O Xangai Composto avançou 0,19%, a 3.613,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve ganho de 0,35%, a 2.446,05 pontos.

Em Hong Kong, o Hang Seng interrompeu uma sequência de quatro pregões negativos e subiu 1,03%, a 24.920,76 pontos, mas a ação da endividada incorporadora chinesa Evergrande, que nos últimos dias ajudou a derrubar papéis do setor imobiliário listados no território semiautônomo, caiu mais 3,42%, depois de chegar a despencar mais de 11% durante os negócios desta sexta.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 0,33%, a 3.140,51 pontos, antes de um feriado de três dias que manterá a Bolsa de Seul fechada até quarta-feira (22), enquanto o Taiex ficou praticamente estável em Taiwan, com baixa marginal de 0,01%, a 17.276,79 pontos.

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Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o viés positivo da região asiática e terminou a sessão no vermelho. Pressionado por ações de mineradoras e petrolíferas, o S&P/ASX 200 recuou 0,76% em Sydney, a 7.403,70 pontos.

Entenda o caso da Evergrande, que movimenta bolsas na Ásia

Recentemente, a Evergrande, a segunda maior incorporadora imobiliária da China, veio à público afirmar que há uma possibilidade de calote, já que a companhia pode não conseguir honrar suas dívidas. Atualmente, a companhia possui um compromisso que passa dos US$ 300 bilhões.

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Com o tamanho da dívida, analistas já alertam para a possibilidade de um colapso no sistema financeiro chinês, o que eventualmente também geraria problemas nos mercados e nas economias internacionais. A Evergrande também tomou empréstimos em outros países.

A companhia alega estar sob “tremenda pressão” e estende o risco de calote para os próximos meses, o que derruba as ações da Evergrande, fundada em Guangzhou, na China, mas listada na bolsa de Hong Kong.

Na bolsa da Ásia, a companhia já acumula queda de 90% desde o fim de julho, quando iniciou a derrocada atual.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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