Vacina ou rua: mais pessoas enfrentam risco de demissão ao não se vacinar
Nos Estados Unidos e na Europa um número crescente de empresas exigem agora que funcionários estejam totalmente vacinados contra a covid-19. Empregadores têm incentivado pessoas a se imunizar para trabalhar presencialmente com segurança após as medidas de isolamento social e o longo período de home office. Muitos deles sinalizam que vão demitir quem não tomar vacina. Outros indicam que não irão contratar quem não estiver imunizado.
Adultos que não tomaram a vacina podem ter cada vez mais dificuldade para voltar ao trabalho ou encontrar empregos em alguns setores ou companhias.
Em entrevista ao jornal norte-americano CNBC, a economista do laboratório de contratação AnnElizabeth Konkel disse que as postagens de vagas de empregos nos EUA que exigem vacinação completa aumentaram 119% em agosto na comparação com o mês anterior.
“Com o surgimento de casos da variante Delta, os empregadores estão sem dúvida se perguntando como podem manter a recuperação de seus negócios nos trilhos. Os requisitos de vacinas são uma forma de manter a equipe e os clientes mais seguros e as operações comerciais funcionando”, disse Konkel.
Conforme os dados da plataforma de contração em que a economista trabalha, o percentual de ofertas de empregos que requerem vacinação no setor jurídico cresceu 210% no mês até 30 de agosto. teve alta de 146% no de educação, subiu 219% no segmento de assistência administrativa e saltou 180% na mídia e indústria de comunicações.
Países endurecem regras para que trabalhadores tomem vacina
O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou na semana passada um novo requisito para os funcionários federais: precisassem estar obrigatoriamente imunizados.
O presidente disse ainda que também está pedindo ao Departamento de Trabalho que publique uma regra que exija que os empregadores com mais de 100 funcionários imponham vacinas ou exijam testes semanais. A medida foi tomada por causa do número alto de pessoas que não querem ser vacinadas — cerca de 80 milhões de americanos, numa população de 328 milhões.
Além dos EUA, o Reino Unido informou que todos os trabalhadores precisarão ser totalmente vacinados a partir de 11 de novembro, a menos que tenham uma isenção por motivos médicos. França e a Grécia fizeram anúncios semelhantes para funcionários do setor público e, na Itália, os professores agora são obrigados a mostrar a carteira de vacina antes de entrarem em sala de aula.