Radar: Oi (OIBR3) terá aporte de R$ 2,2 bi em rede e BRF (BRFS3) investe em planta; Petrobras (PETR4) e Gerdau (GGBR3) assinam contrato

O GIC, fundo soberano de Singapura, acertou um investimento de R$ 2,2 bilhões no fundo que controla a V.tal, marca da Oi (OIBR3) que conta com os ativos de fibra ótica da empresa de telecomunicações. A informação é do Brazil Journal.

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Em julho, a Oi vendeu 58% do capital da V.tal, conhecida como InfraCo, ao fundo estruturado pelo BTG Pactual (BPAC11) por R$ 12,8 bilhões. A operação avaliou a empresa em R$ 20 bilhões.

Segundo o Brazil Journal, além do investimento do GIC, o fundo levantou R$ 4 bilhões de pessoas físicas clientes da área de wealth do BTG. O tíquete mínimo foi de R$ 20 milhões e o ticket médio, de R$ 70 milhões. O veículo e sócios do banco completaram o total.

A V.tal, controladora de uma rede de fibra ótica com quase 400 mil quilômetros, nascerá com um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,6 e uma dívida zero. A projeção é de que o Ebitda chegue a R$ 5 bilhões em 2026.

Apesar disso, o negócio prevê uma capex de R$ 30 bilhões até o final de 2030. Na prática, isso confere uma média de investimentos de R$ 6 bilhões ao ano, a partir do ano que vem

A marca também terá de desembolsar um dividendo de R$ 2,4 bilhões para a Oi, passados 90 dias do fechamento da transação, previsto para o início de 2022.

A V.tal é uma provedor de infraestrutura para outras operadoras e ISPs. A Oi não tem direito à ingerência operacional sobre a empresa, não indica diretores, tampouco tem acesso à precificação dos serviços.

Veja outras notícias que ficaram no radar nesta segunda-feira:

Gerdau (GGBR4) receberá R$ 1,5 bilhão da Eletrobras (ELET3) após desfecho de processo judicial

  • A Gerdau (GGBR3) e a Petrobras (PETR4) informaram nesta segunda-feira (13) que fecharam um contrato para fornecimento de gás natural no mercado livre para a unidade da siderúrgica em Ouro Branco, em Minas Gerais.
  • De acordo com fato relevante, o Grupo Gerdau, composto pelas empresas Gerdau, Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e Seiva Florestas e Indústrias, tomou conhecimento do pagamento judicial no último dia 10, sexta-feira.
  • O processo da Gerdau contra a estatal elétrica teve início em 1990 e se referia a perdas pelo Empréstimo Compulsório Eletrobras.
  • Esse empréstimo foi instituído pelo governo federal e passou a vigorar em 1964. Era cobrado e recolhido dos consumidores industriais, com consumo mensal igual ou superior a 2000kwh, através das “contas de luz” emitidas pelas empresas distribuidoras de energia elétrica.
  • O Empréstimo Compulsório durou o fim de 1993. A legislação fixou um prazo máximo de 20 anos para a devolução dos valores aos seus contribuintes.
  • Últimas decisões do processo da Gerdau contra a Eletrobras

    • Em outubro de 2019, foi concluída a entrega do laudo pericial pelo perito judicial designado pela 14ª Vara Cível.
    • Em novembro de 2020 foi proferida a decisão que homologou o laudo e fixou o valor a receber a favor das empresas do Grupo Gerdau em cerca de R$ 1,5 bilhão.
    • Em agosto de 2021 foi realizado o agravo de instrumento interposto pela Eletrobras, em que a 8ª Câmara de Justiça do Estado do Rio de Janeiro manteve a decisão proferida pela 14ª Vara Cível;
    • Em agosto de 2021, as empresas tomaram conhecimento que a Eletrobras realizou depósito judicial do valor da condenação.

BRF (BRFS3) investe R$ 51 milhões para ampliar produção em planta do RS

  • A BRF (BRFS3) fará um investimento de R$ 51 milhões na sua planta localizada em Marau, norte do Rio Grande do Sul, para modernizar as instalações e ampliar a produção de salsichas.
  • O valor faz parte do montante de R$ 171 milhões que a BRF disse que investiria nas fábricas do Estado, no início de agosto. Na época, o anúncio contou com participações do CEO da companhia, Lorival Luz, e da vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade, Grazielle Parenti. O governador Eduardo Leite também compareceu.
  • Além dos investimentos na unidade de Marau, a BRF também destinará recursos para melhorias nas plantas de Serafina Corrêa e Lajeado. As fábricas de rações do município gaúcho de Gaurama, Arroio do Meio e Vale do Taquari também serão contempladas.
  • Segundo a empresa, esses investimentos são parte dos esforços para concretizar o plano Visão 2030 da BRF. A companhia pretende triplicar o faturamento até 2030, prevê o plano.
  • “Vamos continuar crescendo no Rio Grande do Sul, onde nossos produtores integrados também movem fortemente a economia. Queremos estar cada vez mais próximos dos gaúchos”, afirmou, em nota, Lorival Luz.

Amazon (AMZO34) inaugura Loja de Cerveja em seu site

  • A Amazon (AMZO34) inaugurou nesta segunda-feira (13) a Loja de Cerveja. A nova área em seu site, além de vender bebidas tradicionais e artesanais, conta com dicas de harmonização, acessórios e livros.
  • Melina Ioshii, líder da categoria de consumíveis da Amazon Brasil, destacou em nota que “o lançamento da Loja de Cerveja chega para trazer uma maior variedade de rótulos, incluindo centenas de novos produtos em Amazon.com.br, além de ter mais opções de produtos elegíveis a benefícios de frete rápido e gratuito.”
  • Complementa: “Neste lançamento, trabalhamos junto a centenas de marcas de cervejas tradicionais e artesanais, para que nossos consumidores tenham maior conveniência ao encontrar seus rótulos favoritos.”
  • À revista Exame, a companhia disse que um dos objetivos da nova área do site é atrair clientes para uma extensão de supermercado. Nesse caminho, a Amazon pretende se tornar um “superapp”, assim como estão fazendo concorrentes como Magazine Luiza (MGLU3) e Mercado Livre.

Nubank fecha parceria com Creditas e pode se tornar acionista minoritário

  • O Nubank fechou uma parceria com a empresa especializada em empréstimos Creditas. O acordo prevê que a fintech de David Vélez compre até 7,7% das ações da Creditas em até dois anos, tornando-se acionista minoritário da empresa.
  • Com início nesta segunda-feira (13), a parceria entre Nubank e Creditas prevê que todos os produtos da companhia de empréstimos, como crédito para imóvel, carro e consignado, sejam oferecidos aos clientes da fintech.
  • Além disso, a matéria que é exclusiva do Neofeed, afirma que o Nubank vai fornecer um financiamento para a Creditas. “Serão investimentos direcionados para aumentar a escala dos negócios da Creditas, inclusive para sustentar a demanda dos próprios clientes do Nubank”, diz Cristina Junqueira ao NeoFeed.
  • Ambas as empresas possuem operações internacionais no México, mas Junqueira afirmou à matéria que, neste começo, os serviços de crédito serão oferecidos somente aos clientes do Nubank do Brasil.

SLC Agrícola (SLCE3) anuncia programa de recompra de até 2 mi de ações

  • A SLC Agrícola (SLCE3) anunciou nesta segunda-feira (13) que terá um programa de recompra de até dois milhões de ações ordinárias.
  • A empresa afirmou que os papéis não têm valor nominal de emissão para manutenção em tesouraria e/ou posterior cancelamento, sem redução do capital social.-
  • O prazo máximo para a realização da operação é de 18 meses a partir de hoje. As aquisições serão realizadas a preços de mercado intermediadas pelo Itaú (ITUB4).
  • O objetivo da companhia com a operação é maximizar a geração de valor para o acionista. A empresa destaca que o número de ações a serem adquiridas no programa de recompra não ultrapassará o limite de 10% do total em circulação, que é de 89.036.195 papéis.
  • “O conselho de administração da companhia entende que a aquisição de ações não acarretará qualquer prejuízo ao cumprimento das obrigações assumidas pela companhia, tampouco comprometerá o pagamento de dividendos obrigatórios”, finalizou.

Governo chinês força Alibaba (BABA34) a desmembrar o Alipay e ações desabam em Hong Kong

  • Após a divulgação recente de medidas regulatórias, o o governo chinês deve forçar o desmembramento do Alipay, aplicativo pertencente ao grupo do gigante Alibaba (BABA34), do bilionário Jack Ma. As informações foram reveladas pelo Financial Times.A China pretende criar um aplicativo separado para seus produtos de crédito, promovendo grande reestruturação. As ações do Alibaba caíram 4,23% na bolsa de Hong Kong. Entre os principais índices da Ásia, o da região é o único que despencou, com o Índice de Hang Seng (HSI) caindo 1,5%.
  • Em ocasiões anteriores, as autoridades reguladoras da China já haviam ordenado que o Ant Group (grupo do Alibaba) separasse as duas unidades de concessão de crédito dos negócios centrais do grupo.
  • Pequim quer agora que as duas empresas tenham também seus próprios aplicativos, além de exigir que o Ant Group transfira todos os dados dos usuários para uma nova empresa separada de pontuação de crédito, que também teria uma participação governamental.

Da Oi à Alibaba, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Marco Antônio Lopes

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