Governo chinês força Alibaba (BABA34) a desmembrar o Alipay e ações desabam em Hong Kong

Após a divulgação recente de medidas regulatórias, o o governo chinês deve forçar o desmembramento do Alipay, aplicativo pertencente ao grupo do gigante Alibaba (BABA34), do bilionário Jack Ma. As informações foram reveladas pelo Financial Times.

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A China pretende criar um aplicativo separado para seus produtos de crédito, promovendo grande reestruturação. As ações do Alibaba caíram 4,23% na bolsa de Hong Kong. Entre os principais índices da Ásia, o da região é o único que despencou, com o Índice de Hang Seng (HSI) caindo 1,5%.

Movimento do governo chinês derruba o mercado em Hong Kong - Foto: Divulgação/Hang Seng Indexes
Movimento do governo chinês derruba o mercado em Hong Kong – Foto: Divulgação/Hang Seng Indexes

Dentro do contexto do país, o serviço de pagamento móvel é essencial, dado que a esmagadora maioria das transações é feita por meio de smartphones.

Em ocasiões anteriores, as autoridades reguladoras da China já haviam ordenado que o Ant Group (grupo do Alibaba) separasse as duas unidades de concessão de crédito dos negócios centrais do grupo.

Pequim quer agora que as duas empresas tenham também seus próprios aplicativos, além de exigir que o Ant Group transfira todos os dados dos usuários para uma nova empresa separada de pontuação de crédito, que também teria uma participação governamental.

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As duas unidades de crédito são:

  • Huabei, semelhante a um serviço tradicional de cartão de crédito
  • Jiebei, que oferta pequenos montantes de crédito sem garantia

Mudanças brecaram projeto de IPO do Alibaba

O grupo mirava uma oferta pública inicial de ações (IPO, do inglês) de ambas as companhias desde 2020, mas houve uma suspensão. A CreditTech, que aglomera ambas as unidades, havia superado o tamanho dos demais negócios do grupo, passando a  representar cerca de 39% da receita total no primeiro semestre de 2020.

O tamanho da companhia e o crescimento acelerado fizeram com que a participação na concessão de crédito ao consumidor não residencial chegasse a 10% na época, justamente o que chamou atenção das autoridades chinesas.

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Na justificativa para regular o Alibaba, o governo chinês alegou que temia o “risco financeiro” e o “crédito predatório com condições abusivas ao consumidor”. Já havia um histórico de confronto com as autoridades pelo controle da joint venture em questão, o que acabou em um acordo em que as estatais de sua província natal, incluindo o Zhejiang Tourism Investment Group, terão participação majoritária.

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Eduardo Vargas

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